sábado, 12 de novembro de 2016

Paróquia de Tabuaço: calendarização pastoral 2016-17

       D. António Couto, Bispo da mui e nobre Diocese de Lamego, a que pertencemos, tem insistido numa dinâmica missionária da Igreja diocesana, correspondendo ao mandato de Jesus, "IDE E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODA A CRIATURA" (Mc 16, 15), à sensibilidade do Papa Francisco que deseja uma Igreja em saída, em busca da ovelha perdida, ou melhor, em busca das 99 ovelhas que estão fora, preferindo uma Igreja acidentada por sair que uma Igreja doente por estar centrada em si mesma.
       Ao longo dos anos, o envio missionário: IDE. O IR liberta-nos da autorreferecialidade, para nos centrarmos em Jesus Cristo. O discípulo é simultaneamente missionário. Na intuição da Teologia da Libertação ou Teologia da Salvação, compromisso refletido e assumido na América Latina, de onde é originário o Papa Francisco, a evangelização há de ser uma constante, de todo o cristão, de todas as comunidades, em todo o tempo. Foi o proceder de Jesus: vamos a outras povoações anunciar o Evangelho, foi para isto que Eu vim (cf. Mc 1, 38). São Paulo, que no dizer de Bento XVI é "modelo de cada evangelizador", rearfirma a cada passo a necessidade de evangelizar: "Ai de mim se não evangelizar" (1 Cor 9,16).
       Jesus vem da parte de Deus, vem da eternidade, faz-Se um de nós, um connosco. Traz-nos Deus. traz-nos o Céu. Traz-nos a Palavra de Deus. Melhor, Ele é a Palavra que Se faz carne. N'Ele a Palavra tem substância, consistência, tem Corpo, tem vida. Ele é a Palavra, a Sabedoria, o Rosto de Deus no meio dos homens.
       Desde o início do Seu pontificado que o Papa Francisco tem insistido na necessidade de ir às periferias não apenas geográficas mas também existenciais, como Jesus, ir ao encontro dos mais frágeis, dos pobres, dos excluídos, das comunidades e dos povos em maior dificuldade, distantes dos bens da criação, da cultura, da educação, do acesso aos cuidados de saúde. Quem está no centro e vive na comodidade corre o risco de se esquecer dos sofrimentos dos outros e das suas dificuldades. Daí a insistência reiterada no proceder de Jesus, em ser seus discípulos, imitando-O na preferência pelos mais desfavorecidos.
       Com efeito, Jesus fez-Se pobre para nos enriquecer com a Sua pobreza. Para fundamentar a Teologia da Libertação e para que esta não corresse o risco de se converter em mais uma ideologia ao lado de outras, o então Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação da Doutrina da Fé, durante a maior parte do pontificado de João Paulo II, apontou Jesus Cristo como a referência fundante da opção preferencial pelos pobres. Na verdade, Jesus Cristo encarnou, assumiu as dores da humanidade, as suas limitações. Como rezará Maria, no Magnificat, esse é o proceder de Deus, levantar os caídos, restituir a vida e a dignidade aos pobres, exaltar os humildes. O proceder de Jesus há de ser o nosso proceder. Somos Seus discípulos. Aprendamos d'Ele e com Ele. Convém que não nos coloquemos à Sua frente, escondendo-O atrás de nós ou pela opacidade da nossa vida, para que O transpareçamos, sejamos Suas testemunhas, como alerta o nosso Bispo na Carta Pastoral para este ano de 2016-2017.
       Os discípulos são missionários. Não à vez. Mas em simultâneo. O discípulo de Jesus Cristo, transparece-O, é missionário, é apóstolo. Também esta terminologia é muito latino-americana, visualizável sobretudo na Assembleia do Episcopado Latino Americano e Caribenho, em Aparecida, em 2007. Em Aparecida, estavam os dois últimos Papas, isto é, Bento XVI e o então Cardeal Jorge Mario Bergoglio, atual Papa Francisco. Bento XVI no discurso de Aparecida sanciona em definitivo a opção preferencial pelos mais pobres e o compromisso do discípulo missionário, mostrando que quanto mais próximo de Jesus for o discípulo tanto mais motivado para ser missionário. Não se compreende que existam discípulos que não sejam missionários, mas também não é possível missionários que não sejam (sempre) discípulos, aprendizes de Jesus e do Seu Evangelho de serviço, de perdão, de amor. O Cardeal Bergoglio foi o Relator Presidente desta Assembleia, com a sensibilidade latino-americana de acolher o contributo de todos e de promover uma evangelização, não a partir do exterior ou a partir de cima, mas a partir das bases. A libertação-salvação deve envolver todos, a começar por aqueles e aquelas que se encontram fragilizados, excluídos, à margem. Serão também agentes e atores do seus destino e não apenas destinatários ou espetadores.
       A Diocese de Lamego, sob o pontificado de D. António Couto, vive em dinâmica missionária, com a incidência em mais oração, mais formação, mais encontros, mais proximidade, escolas de vivência da fé, encontro com Jesus, tempos de reflexão e de confraternização. Uma Igreja de portas abertas, para quem sai ao encontro dos outros, para quem entra e para quem quer regressar. Igreja, Casa e Escola da Fé e do Evangelho, onde se constrói com mais amor a família de Deus, INDO e anunciando a todos, em todo o tempo, o Evangelho da Caridade e da Misericórdia.
       A Paróquia de Tabuaço, inserida nesta Diocese de São Sebastião de Lamego e no Arciprestado que engloba as Zonas Pastorais (concelhos) de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Tabuaço, procurará responder aos desafios do nosso Bispo a toda a Diocese, comprometendo-nos todos com todos, INDO a toda a parte, anunciando o Evangelho sempre, em todas as circunstâncias. Comprometidos com a nossa identidade batismal, procuraremos valorizar os tempos de oração, continuar a aprofundar a vivência da fé, através de momentos de reflexão e de formação como as escolas da fé. No nosso Arciprestado, além da CAMINHADA DO ADVENTO E NATAL e da CAMINHADA DA QUARESMA E DA PÁSCOA, a iniciativa "UM SANTO MISSIONÁRIO POR MÊS", com a proposta de em cada mês apresentar um santo missionário, entregar uma pagela com o santo do mês, divulgar a sua biografia através das folhas dominicais, centrando as escolas da fé no testemunho do santo missionário do mês, deixando-se motivar e envolver, imitando os santos, ou melhor, imitando Jesus que transparece na santidade destes cristãos de todos os tempos.
       A comunidade paroquial, no seu tempo, é o primeiro agente de pastoral e de evangelização. É agente e destinatária. Depois cada batizado, cada grupo, catequese e catequistas, zeladoras da Igreja, associados do Apostolado de Oração, Conselhos Pastoral e para os Assuntos Económicos, Grupos corais, Grupo de Jovens e Grupo de Acólitos, Movimento da Mensagem de Fátima, Mordomas de Nossa Senhora da Conceição, Guias e Escuteiros da Europa, Ministros Extraordinários da Comunhão, Pároco, Seminarista. Através de diferentes meios e oportunidades, do Boletim Paroquial, do Boletim Dominical, páginas da Internet, celebrações, tempos de formação e/ou de oração, festas da Catequese, ano litúrgico no seu conjunto, coração a coração, passar a mensagem e a alegria do evangelho a quem encontramos, na família, na vizinhança, no local de trabalho, convidando, informando, desafiando, entregado a reflexão dominical, ou alertando para um convívio ou um festa. Tendo no Lar da Santa Casa um lugar de encontro para visitar e partilhar a vida da comunidade paroquial, a vivência da fé, o anúncio da alegria e da paz do Evangelho.
       Um dos momentos aglutinadores para a comunidade é e continuará a ser a Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, a 8 de dezembro, com a NOVENA que a precede, em retiro aberto, este ano terá como pregador o Pe. Joaquim Proença Dionísio, Diretor da Voz de Lamego e Reitor do Seminário Maior de Lamego, mobilizando os grupos eclesiais, Bombeiros Voluntários e as autoridades autárquicas, a GNR...
       Para se envolver, participando, a CALENDARIZAÇÃO PASTORAL, com algumas datas, celebrações, momentos, já definidos. Tendo acesso à Internet, procure/a estar atento à página oficial (www.tbcparoquia.com) ou à página da Paróquia no Facebook (@tbcparoquia), ou inscrevendo-se no Grupo facebokkiano "Paroquianos". Indo à Missa, esteja/está atenta/o ao Boletim Dominical. Não indo, peça/pede que lho/to tragam.

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