sexta-feira, 29 de abril de 2016

6.º Domingo da Páscoa - ano C - 1 de maio de 2016

       1 – "Um Anjo… mostrou-me a cidade santa de Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus, resplandecente da glória de Deus. O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima, como uma pedra de jaspe cristalino... Na cidade não vi nenhum templo, porque o seu templo é o Senhor Deus omnipotente e o Cordeiro. A cidade não precisa da luz do sol nem da lua, porque a glória de Deus a ilumina e a sua lâmpada é o Cordeiro".
       A visão de São João, no Apocalipse, faz-nos ver os novos céus e a nova terra, que se constroem com e à volta de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e nos salva. Tempo de graça e de salvação. No meio das intempéries e das trevas, há uma nova Luz que irradia e inunda toda a escuridão convertendo-a em claridade e esplendor. Do Céu desce a nova Jerusalém, a cidade do altíssimo, cidade santa, adornada de glória e majestade. Os Apóstolos têm aí gravados os seus nomes. É também aí que gravaremos os nossos nomes, como discípulos missionários.
       Na cidade não existe Templo! As nossas cidades, vilas e aldeias nasceram e cresceram à volta do templo, da Igreja, lugar de encontro e de festa, lugar de oração e de luto, lugar de acolhimento e de despedida. Hoje há cidades sem esta luz e esta centralidade. Ou pelo menos, o centro está deslocado para outros loteamentos. À volta da Igreja as casas estão vazias e a própria Igreja se esvazia, não tanto pelo afastamento geográfico, mas pelo esvaziamento espiritual, pela indiferença, pelas milhentas preocupações que a vida atual coloca.
       A garantia de São João é um desafio. Esta cidade não precisa nem luz do sol nem da lua, é alumiada por Deus, pela Sua Glória. A lâmpada permanentemente acesa é o Cordeiro, Filho Bem-amado do Pai. Os verdadeiros adoradores hão adorar a Deus em espírito e verdade. Não importa tanto o espaço mas a autenticidade, a relação com Deus, a ligação aos outros, ainda que os espaços criem oportunidades para o encontro, para a celebração, multiplicando a Luz que vem de Deus. A luz da minha fé ao juntar-se à do outro torna mais forte a luz e a fé, elevando-nos para Deus.
       2 – Aí está (de novo) o olhar de Jesus. Terno. Apaixonado. Envolvente. Desafiador. Próximo. Profundo. Familiar. Com uma suavidade e docilidade que não escondem a gravidade do momento. O olhar e a vida. O sorriso e o coração. Num ambiente recatado, simples, descontraído, mas sem perder a solenidade do momento e das palavras, e dos gestos. Depois de lavar os pés aos seus discípulos, durante a Ceia, Jesus é tocado por um misto de alegria, festa, apaziguamento e de ansiedade, receio, tristeza. Vai partir. O cálice da alegria, pela proximidade com os seus, é também o cálice das lágrimas, pois logo dará a vida por eles e por nós.
       Se o tempo é breve, urge relembrar-lhes o essencial da Sua mensagem e da Sua vida. Em jeito de confidência, mas com firmeza e confiança. As trevas aproximam-se. Antes de acontecer, Jesus previne e antecipa. Quando chegar a hora que, pelo menos, não sejam surpreendidos em absoluto. Do rosto de Jesus irradia luz que atravessa as trevas mais densas. A separação é sempre dolorosa, muito mais quando é definitiva. Saber que Ele estará presente, ainda que de forma diferente, é um lenitivo para a Sua ausência (física).
       Escutai, pois, com atenção: «Quem Me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará; Nós viremos a ele e faremos nele a nossa morada. Quem Me não ama não guarda a minha palavra. Disse-vos estas coisas, estando ainda convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. Vou partir, mas voltarei para junto de vós. Disse-vo-lo agora, antes de acontecer, para que, quando acontecer, acrediteis».
       Com a mensagem que nos agrafa a Jesus – se, como Ele, nos amarmos uns aos outros, e se O amarmos de todo o coração –, vem a Sua paz, garantia que seremos a Sua morada para sempre.
       3 – Vivemos o Jubileu da Misericórdia, Ano Santo, que acentua o amor misericordioso, compassivo, que brota das entranhas maternas, espontâneo, umbilical. A misericórdia de Deus é visível e concretizável em Jesus, no Seu jeito de amar, de Se aproximar, de Se compadecer.
       Neste Dia da Mãe torna-se ainda mais plástico este amor umbilical, entranhado, quase biológico. Não há amor como o de Mãe, tão profundo e natural, tão genuíno. Não há nada mais forte, mais íntimo que o amor da Mãe pelo filho. É um amor que concilia e apazigua.
       Na Cruz, sabendo deste amor que permanece e nos faz querer permanecer na casa materna, ou que em nossa casa habite o amor da Mãe, amor que ultrapassa todas as barreias, até a da morte, Jesus dá-nos Maria por Mãe, para permanecer junto de nós e nos embalar, para nos lembrar do amor que Deus nos tem, unindo-nos como família e desafiando-nos a permanecermos de tal forma no amor de Deus que possamos guardar a Sua Palavra, vivendo como irmãos.
       4 – O Espírito Santo, que Jesus envia de junto do Pai, reconduzir-nos-á à verdade plena, recordando-nos as palavras de Jesus enquanto fisicamente entre nós. É uma inspiração mediada pela oração pessoal, mas sobretudo pela oração e reflexão em comunidade, onde Se acolhe a Palavra de Deus, se assimila e se expande. A Igreja é, com os seus, membros, discípula missionária. Faz-se aprendiz, para logo transparecer o que apreendeu.
        Paulo e Barnabé prosseguem na missão de evangelizar, solidificando a fé e o compromisso de constituir comunidades que sejam famílias, cujas pessoas vivam harmoniosamente, entreajudando-se solidariamente. Por vezes a prática é ensombrada pelas leis. Não que estas não sejam necessárias em todas as realidades sociais, mas de preferência que não roubem espaço à Lei do Amor, que pleniza, simplifica e clarifica todas as leis, ao serviço do bem comum, especialmente dos mais desfavorecidos.
       A comunidade de Antioquia experimenta as dificuldades de crescimento, com sensibilidades diferentes. Alguns homens, oriundos da Judeia ensinam que os seguidores de Jesus Cristo, vindos do paganismo, têm de igualmente seguir a Lei de Moisés e ser circuncidados. Paulo e Barnabé têm um entendimento bem diferente, o que gera acesa discussão na comunidade.
       A comunidade não exclui, mas procura uma resposta que conduza a Jesus e ao Seu Evangelho e, por conseguinte, envia Paulo e Barnabé e alguns anciãos idóneos à comunidade-mãe, a Jerusalém. A comunidade de Jerusalém, presidida por Tiago, reúne os apóstolos e os anciãos e responde: «Tendo sabido que, sem a nossa autorização, alguns dos nossos vos foram inquietar, perturbando as vossas almas com as suas palavras, resolvemos, de comum acordo, escolher delegados para vo-los enviarmos, juntamente com os nossos queridos Barnabé e Paulo, homens que expuseram a sua vida pelo nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso vos mandamos Judas e Silas, que vos transmitirão de viva voz as nossas decisões. O Espírito Santo e nós decidimos não vos impor mais nenhuma obrigação, além destas que são indispensáveis: abster-vos da carne imolada aos ídolos, do sangue, das carnes sufocadas e das relações imorais. Procedereis bem, evitando tudo isso. Adeus».
       5 – A reflexão da Igreja de Jerusalém debruça-se sobre aspetos práticos e concretos. É dessa forma que se vive e se prova a fé em Jesus Cristo, na vida quotidiana e no compromisso com os irmãos. O essencial está contido no Evangelho, nas palavras e nos gestos de Jesus. Porém, como os tempos são distintos, também as respostas terão que ser novas, criativas, fiéis à postura de Jesus: acolhimento, perdão, serviço, caridade, respeito, diálogo, docilidade, confiança em Deus, opção preferencial pelos pobres. Também aqui a importância do papel conciliador da Mãe!
       A Palavra de Deus não é um receituário onde se encontrem respostas as todas as questões, mas é clarificadora a apontar um caminho, o de Jesus, e do Seu projeto de vida nova, vivida na intimidade com o Pai, na cumplicidade do Espírito Santo. Diante de uma dificuldade, a primeira decisão há de ser a da oração, procurando, depois, pelo diálogo, pela meditação, encontrar a resposta que, em Igreja e com espírito eclesial, melhor se aproxima de Jesus, sob a ambiência da misericórdia e da compaixão.
       "Concedei-nos, Deus omnipotente, a graça de viver dignamente estes dias de alegria em honra de Cristo ressuscitado, de modo que a nossa vida corresponda sempre aos mistérios que celebramos". À oração de súplica, façamos corresponder os nossos propósitos, na certeza humilde que a salvação não nos vem pelos méritos da perfeição, mas pela graça e misericórdia de Deus, que nos chama à vida, nos prepara e nos ambienta para respondermos positivamente aos desafios da existência. "Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, / resplandeça sobre nós a luz do seu rosto".
       Não precisamos de outra luz que não seja a de Jesus, mais brilhante que o sol!

Pe. Manuel Gonçalves


Textos para a Eucaristia (ano C): Atos 15, 1-2. 22-29; Sl 66 (67); Ap 21, 10-14. 22-23; Jo 14, 23-29.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Sessão da Escola da Fé com o Pe. Tiago Cardoso

       No dia 22 de abril, sexta-feira, como habitualmente no Centro Paroquial de Tabuaço, mais uma sessão da Escola da Fé, que neste ano pastoral se centram nas Obras de Misericórdia, procurando que em cada sessão se reflita numa obra de misericórdia corporal e numa obra de misericórdia espiritual.
       Em novembro: sepultar os mortos e rezar a Deus pelos vivos e pelos defuntos, com o Pe. Diamantino Alvaíde; em janeiro: Dar de comer a quem tem fome e ensinar os ignorantes, com o Pe. Jorge Giroto; desta feita: Vestir os nus e consolar os tristes, com o Pe. Tiago Cardoso.
Algumas fotos desta jornada de oração, reflexão, convívio:

Para outras fotos, visitar a página da Paróquia de Tabuaço no Facebook.

Tabuaço - Confraternização dos grupos paroquiais

       No dia 16 de abril, ao fim da tarde, no Centro Paroquial de Tabuaço, encontro, convívio e confraternização das pessoas mais envolvidas nas atividades da paróquia, membros dos vários grupos paroquiais, conselho económico, catequistas, grupo coral, acólitos, GJT, leitores, participantes nas celebrações da Semana Santa e na Visita Pascal.
       Um momento diferente mas que ajuda a estreitar laços de amizade, fortalecendo também o compromisso com a comunidade paroquial.
       Algumas fotos deste dia:

Outras na página da Paróquia de Tabuaço no Facebook.

sábado, 23 de abril de 2016

5.º Domingo da Páscoa - ano C - 24 de abril de 2016

       1 – «Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco. Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros».
       Durante a Última Ceia, Jesus fala-lhes do tempo em que não estará materialmente entre eles, deixando-lhes a síntese e o essencial da Sua mensagem. Para serem Seus discípulos, e reconhecidos como tal, terão de se amar uns aos outros como Ele os amou. É a única condição. Para eles e para nós, discípulos do mundo atual.
       2 – Um Pai, vendo aproximar-se a hora da morte, chamou os seus 10 filhos para lhes revelar os últimos desejos. Todos os filhos vieram para junto do seu leito. Pediu que cada um pegasse num vime, a começar pelo mais novo, e o partisse. Um a um, todos partiram facilmente o vime que lhe calhou em sorte. Depois pediu ao filho mais velho que pegasse em 10 vimes, os juntasse e os partisse ao meio. Tentou uma e outra vez, mas não conseguiu. Pediu que os outros filhos tentassem, mas nenhum obteve melhor resultado. Perguntou-lhes que lição a tirar desta experiência. Uma única conclusão: juntos é possível enfrentar os maiores obstáculos. A união faz a força!
       Quando um pai vai para longe, durante um certo período de tempo, chama os filhos e pede-lhes para se portarem bem e ajudarem nas tarefas de casa, para fazer os trabalhos da escola, para ajudarem a mãe. Ao mais velho pedir-lhe-á para ajudar a mãe a tomar conta dos irmãos e da casa.
       Quando alguém está para morrer, e sabe disso, chama os que que são mais próximos e manifesta-lhes o que ainda gostava de fazer e quais as suas últimas vontades. Quem lhe quer bem, tudo fará para concretizar os seus pedidos. Outra forma de o fazer é através do testamento, como partilha dos seus bens mas também de projetos que gostaria de ver realizados. Por exemplo, os Papas Paulo VI ou João Paulo II deixaram testamentos sobre alguns os poucos bens materiais e sobretudo os seus escritos, mensagens, o que gostariam que permanecesse do Seu ministério.
        O Testamento de Jesus é este: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.
       3 – O que diz no final, Jesus viveu-o, amadureceu-o, experimentou-o ao longo de toda a sua vida. A família de Nazaré, como tantas famílias naquele tempo e naquela região, passou por diferentes situações que, por certo, ajudaram a amadurecer a união e a entreajuda, o acolhimento dos estrangeiros e a delicadeza para com os vizinhos. Durante algum tempo, Maria e José, e o Menino Jesus, refugiaram-se no Egito, regressando a Nazaré. Uma cidade-aldeia em que todos são vizinhos, e talvez todos com laços de sangue, e se auxiliam para sobreviver e enfrentar as dificuldades.
       Intuímos, facilmente, uma vida honrada, simples, com poucas coisas, de trabalho e muitas vezes de sacrifício. Vive-se com pouco. Os elevados impostos do Templo e do Império e das autoridades locais não permitem uma vida desafogada. Jesus cedo percebe as dificuldades mas também as injustiças infligidas às famílias de Nazaré, bem como a sobrecarga de leis e de preceitos. 613 Mandamentos, 365 negativos (correspondem aos dias do ano solar) e 248 positivos, tantos como os órgãos do corpo humano. Não seria fácil cumprir tantos preceitos, ainda que em Nazaré a influência do Templo e dos seus dirigentes não fosse tão sufocante como em Jerusalém.
       A delicadeza e a docilidade de Jesus vêm-lhe de um ambiente de fraterna entreajuda. Todos se envolvem nos problemas uns dos outros para ajudar. A sobrevivência, o pão de cada dia, depende desta solidariedade. Também aí se manifesta a fé e a confiança em Deus, o que lhes traz paz diante da prepotência dos dirigentes e os motiva para enfrentar as dificuldades. Lidam com estrangeiros que passam e que precisam de abrigo e de pão. A Lei "obriga" a acolher o peregrino, alimentando-o e, se estiver a cair a noite, abrigando-o, pois também eles foram estrangeiros em terras estrangeiras.
       4 – Durante os três anos de vida pública, Jesus age em conformidade com a educação recebida, com a cultura e a religiosidade do seu povo. A graça de Deus, a sabedoria, levam a valorizar a palavra dada, a ternura e compaixão como formas de criar laços de amizade. Percebendo as injustiças e a inutilidade de muitas leis, terá tudo isso em conta na hora de falar e sobretudo de agir. Coloca-Se do lado dos mais frágeis. Fez isso connosco. Como nos recorda o apóstolo, Ele deu a vida por nós quando éramos pecadores. Com efeito, a própria Encarnação significa a identificação com a humanidade, fez-Se pobre para nos enriquecer com a Sua pobreza, assumindo a nossa fragilidade, gastando-Se na nossa finitude, para nos resgatar ao poder do pecado e da morte.
        Percorrendo os caminhos da Galileia e da Judeia, e da Samaria, indo às suas periferias, Jesus deixa um rasto de perfume, de atenção, de cuidado, de misericórdia. Não se assusta com o mal, com o pecado, ou com o sofrimento, cada pessoa que encontra Lhe lembram o Pai. A miséria das pessoas e das famílias continuam a ser um contraponto para lhes conceder paz, bênção e alegria. Tantos que são espoliados, escravizados, explorados, tantos que não têm lugar nos reinos deste mundo! Jesus dá-lhes prioridade. Agora choram e são perseguidos, mas serão bem-aventurados, porque Deus os ama acima de tudo e os quer no Seu Reino.
       Toda a mensagem de Jesus está condensada no mandamento do amor. Amar, servir, dar a vida, compaixão, proximidade, abaixamento. Modos de agir e de viver. Quem não serve para servir, não serve para viver. Eis que venho, ó Pai, para fazer a Tua vontade. Não vim para ser servido, mas para servir e dar a vida por todos. Quem de entre vós quiser ser o maior, seja o servo de todos. Estou no meio de vós como quem serve. Quem não se tornar como criança, não entrará no Reino de Deus. O que fizerdes ao mais pequeno dos meus irmãos a Mim o fazeis. Até ao fim, em todas as horas. Até na Cruz Jesus tem tempo para nós: hoje mesmo estarás comigo no Paraíso. A glorificação de Jesus é a Sua paixão por nós. Tudo se encaixa na Sua entrega. A Sua ressurreição diz-nos que a Sua vida é o Caminho, a Verdade e a Vida se queremos alcançá-l'O e entrar na vida eterna.
       5 – Paulo e Barnabé prosseguem na missão de evangelizar. Permanecem em Antioquia durante um ano. Os membros desta comunidade, inspirados pelo Espírito Santo, enviam-nos para outras terras para anunciarem o Evangelho e formarem discípulos, cumprindo desse modo o mandato de Jesus: ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho as todas as gentes.
        Serão muitas as provações a que estão sujeitos os que se convertem a Cristo e ao Seu Evangelho. Paulo e Barnabé exortam à fidelidade em Deus. Nas comunidades, para que estas não fiquem abandonadas, estabelecem anciãos, sob a ambiência da oração. Atravessam a Psídia e a Panfília, anunciam a Palavra em Perga e descem a Atalia, para regressarem a "Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para a obra que acabavam de realizar. À chegada, convocaram a Igreja, contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé".
       A palavra de Deus que nos é dado escutar neste domingo mostra como a obra da evangelização é de Deus. Mas Deus conta connosco, com a nossa vida, o nosso compromisso, a nossa alegria, o nosso empenho. Deus comunica-Se através de nós.
       Confiemo-nos ao Senhor nosso Deus, que nos enviou o Salvador e nos fez Seus filhos adotivos. Peçamos-Lhe: "Atendei com paternal bondade as nossas súplicas e concedei que, pela nossa fé em Cristo, alcancemos a verdadeira liberdade e a herança eterna".
        6 – São João, no Apocalipse, faz-nos ver um novo céu e uma nova terra, "a cidade santa, a nova Jerusalém, que desce do Céu, da presença de Deus, bela como noiva adornada para o seu esposo”. É «a morada de Deus com os homens. Deus habitará com os homens: eles serão o seu povo e o próprio Deus, no meio deles, será o seu Deus. Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos; nunca mais haverá morte nem luto, nem gemidos nem dor, porque o mundo antigo desapareceu»
       Com Jesus, Deus renova todas as coisas e faz-nos participantes da Sua vida. Acolhendo a Sua Palavra, realizando as Suas obras, assumindo-nos como discípulos, cabe-nos, seguidamente, levar a outros esta Boa Notícia, para que todos se encontrem, se descubram e vivam como filhos bem-amados de Deus, novas criaturas, identificáveis pela caridade e pelo perdão, pelo serviço e auto doação, transparecendo o Mestre da Docilidade.

Pe. Manuel Gonçalves

Textos para a Eucaristia (C): Atos 14, 21b-27; Sal 144 (145); Ap 21, 1-5a; Jo 13, 31-33a. 34-35.

Discípulos, cheios de alegria e do Espírito Santo

       No segundo sábado em que Paulo e Barnabé estiveram em Antioquia da Pisídia, reuniu-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus. Ao verem a multidão, os judeus encheram-se de inveja e responderam com blasfémias às palavras de Paulo. Corajosamente, Paulo e Barnabé declararam: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Mas uma vez que a rejeitais e vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios, porque assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da terra’». Ao ouvirem isto, os gentios encheram-se de alegria e glorificaram a palavra do Senhor; e todos os que estavam destinados à vida eterna abraçaram a fé. Assim, a palavra do Senhor divulgava-se por toda a região. Mas os judeus instigaram algumas senhoras piedosas mais distintas, bem como os homens principais da cidade, e moveram uma perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsando-os do território. Estes sacudiram contra eles a poeira dos pés e seguiram para Icónio. Entretanto, os discípulos ficavam cheios de alegria e do Espírito Santo (Atos 13, 44-52).
       A evangelização está em progressão.
       Paulo, com Barnabé, continua a privilegiar o anúncio do Evangelho aos judeus. Por conseguinte, a sinagoga é o lugar em que os Apóstolos se apresentam para mostrarem como Jesus Cristo, morto e ressuscitado, cumpre com as promessas feitas por Deus, através dos Profetas. Tal é adesão à palavra de Deus, quase toda a cidade se reuniu, que provoca ciúmes, inveja, sobretudo da parte de judeus, que tinham para si mesmo que a salvação lhes estavam destinada. Aos outros, só se aderissem a todas as tradições e costumes judaicos.
       Os Apóstolos deixam claro que o anúncio da Palavra de Deus se iniciou pelos judeus, mesmo em terras estrangeiras, mas muitos não se deixaram iluminar por ela. Então, Paulo e Barnabé abriram o Evangelho aos gentios e estes foram aderindo em massa, por terem menos preconceitos religiosos.
       Consequência: Paulo e Barnabé são expulsos da cidade. O Evangelho vai chegar a novas terras.

domingo, 17 de abril de 2016

Rui Alberto e Sofia Fonseca: APRENDER A PERDOAR

RUI ALBERTO E SOFIA FONSECA (2015). Aprender a Perdoar. Uma alternativa saudável à amargura. Porto: Edições Salesianas. 150 páginas.
       Um sacerdote católico, que escreve habitualmente, publicando dinâmicas para grupos, e uma psicóloga, que trabalha com diferentes faixas etárias, crianças, adolescentes, adultos e casais. Juntaram-se para refletir sobre o perdão. Este é associado muitas vezes à religião, confundido com irenismo, com resignação, ou uma forma de pedido de desculpas.
       Os autores procuram mostrar o que é e o que não é o perdão. O que exige e pressupõe. O perdão faz bem à saúde física e mental. Quem entra numa espiral de vingança e de rancor adoece afetiva e fisicamente podem manifestar-se diversas mazelas. Abrir-se ao perdão é apostar na vida, com esperança e confiança no futuro. Para o ofendido é um exercício custoso, que pode levar tempo, mas que vai valer a pena. Há ofensas que não é possível simplesmente esquecer ou deixar que o tempo cure. O tempo pode ajudar a fazer um enquadramento alternativo, mas a alternativa é proativa, é decidir-se a perdoar, porque o outro reconheceu o mal feito e pediu perdão, ou não reconheceu nem pediu perdão, mas o ofendido decidiu tocar a sua vida para a frente sem ficar preso à mágoa nem à pessoa que magoou e decide perdoar.


       Por parte do ofensor também pode haver uma resposta ao perdão. Reconhecendo que errou. Não medindo o tamanho da ofensa, pois cada pessoa reage à sua maneira, prontificando-se a pedir perdão, a escutar aquele que ofendeu, a fazer algum gesto que permita ao ofendido perceber que está arrependido.
       Perdoar não significa reconciliar-se, isto é, retomar o mesmo tipo de relação anterior à ofensa. No mundo cristão pressupõe-se. Mas posso perdoar e não me sentir com forças para retomar o compromisso e a relação onde estavam quando se deu a ofensa. Posso negociar novos termos para retomar o relacionamento. Por parte do ofendido e do ofensor deve haver esta abertura, para retomar, alternar, ou suspender a forma de se relacionarem e sobretudo se o comportamento se vai repetindo.
       Perdoar não é apagar a memória e esquecer o mal feito. A memória também faz parte do perdão e da reconciliação.Ter presente o mal feito, não para estar sempre a cobrar, mas em ordem a amadurecer, a tentar não repetir os mesmos erros. Pode ser uma oportunidade para valorizar e dar mais qualidade à relação.
       O perdão não anula a justiça. Pressupõe ou exige. Se pratiquei algum mal, algum dado, mesmo que o ofendido me perdoe devo recompensar, repor, devolver. O ofendido pode perdoar e ainda assim esperar ser ressarcido. Desta forma, a justiça ajuda a solidificar o perdão e a reconciliação.
       Outro tema abordado: fazer as pazes. Podem-se fazer as pazes sem que haja verdadeira reconciliação, ainda que esta seja mais duradoura. Quero viver em paz com o outro, pessoa ou grupo, sem agressões mútuas, mas nem por isso estar numa relação ativa, apenas numa dinâmica de não-agressão.
       O livro tem diversas técnicas, sugestões, dinâmicas, para ajudar a perdoar e a procurar o perdão, enquadrando a ofensa além da pessoa. Esta é mais que a ofensa. Isto vale para o ofendido e para o ofensor.

sábado, 16 de abril de 2016

4.º Domingo da Páscoa - ano C - 17 de abril de 2016

       1 – É surpreendente como um bebé sossega ao ouvir a voz da Mãe. Desde cedo, o bebé aprende a voz, o cheiro, o toque da Mãe. Se durante a gravidez a Mãe falar com o/a filho/a, criando um ambiente tranquilo, quando nascer ele/a reconhecerá a mesma voz e o mesmo ambiente calmo, ou alguma música que escutou dentro do ventre materno. Virá depois o cheiro e o toque, facilmente identificáveis. O mesma ligação, ainda que mais ténue, do Pai. Se, durante a gravidez, o Pai tomou parte no mesmo ambiente, falando com o/a filho/a, este/a irá reconhecê-lo quando falar. Progressivamente, se for um Pai presente, irá reconhecer o seu cheiro, o seu toque, os seus passos.
       É quase instintivo. Horários, barulhos, ambientes que progressivamente a criança irá interiorizando. E assim também, ainda ao colo da Mãe, começará a "negociar" (manipular) os pais, descobrindo, por exemplo, que o choro os traz imediatamente de volta.
       Quem tem animais de estimação, sabe que sucede algo de semelhante. Um gato, ou um cão, identifica a voz de quem o alimenta e afaga, reconhece a voz, o barulho do motor do carro a chegar, a porta a abrir, bem como os cheiros, aproximando-se se forem familiares, escondendo-se ou revelando "irritação" se forem estranhos. O barulho do prato de comida! Um animal doméstico pode até detetar o humor dos seus donos, mantendo-se por perto ou afastando-se.
       Outros animais domésticos, vacas, cabras, cavalos, coelhos (e até as galinhas), ovelhas, reconhecem os passos dos donos, de quem os trata, lhes traz o alimento ou os leva a pastar. Reconhecem a voz, o som dos carros que se aproximam, agitam-se, pois sabem que vão comer ou que vão sair. Ou, em sentido inverso, agitam-se porque apareceu algum estranho, pessoa ou animal, um cheiro e um barulho diferentes do habitual. O cavalo aprendeu a reconhecer a voz do seu tratador, terá dificuldade em sossegar diante de um estranho e dificilmente se deixará aparelhar ou cavalgar.
       2 – Jesus viveu grande parte da sua vida em ambientes rurais. Nazaré é uma pequena cidade, mais aldeia que cidade, em que todos se conhecem e se entreajudam. É carpinteiro, como São José, trabalhando a madeira, a pedra e o ferro. É uma parte do trabalho. Semeiam os campos, próprios ou arrendados. Têm um ou outro animal doméstico. Alguns cabritos ou ovelhas. Recolhem a lã e o leite, para consumo próprio ou para trocar por outros alimentos essenciais. Pela Páscoa comem o Cordeiro pascal com os outros familiares. Em conformidade com a Lei mosaica, todas as famílias se reúnem para comer o Cordeiro pascal. Se houver alguma família que não possa, as outras devem prover para que não lhes falte, condividindo. Este cordeiro é para comer naquele dia. Mata-se o cordeiro do tamanho necessário para a refeição da família ou de forma a partilhar com uma família que não tenha meios para comprar e matar um cordeiro. Não haverá sobras para o dia seguinte!
       Quando sobem ao Templo, por ocasião da Apresentação, José e Maria oferecem um par de rolas ou de pombas, por serem uma família modesta. Porém, é expectável e provável que tivessem uma ou outra ovelhinha, um ou outro cabrito. Por outro lado, o pastoreio fazia-se muitas vezes em comum. Os mais novos tomavam conta das ovelhas das famílias da aldeia, formando um só rebanho. Poderia ainda acontecer que um homem mais rico contratasse um dos jovens para guardar o seu rebanho. Em Nazaré, contudo, as famílias estariam niveladas, por baixo, no estatuto social e económico, ajudando-se reciprocamente nos campos, no cuidado dos animais de pequeno porte, nos trabalhos braçais e na lide doméstica, sobretudo aquando de festas religiosas, ou dos casamentos, e também por ocasião dos funerais. A aldeia forma uma só família.
       As palavras de Jesus estão cheias de vida e de experiência: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão de perecer e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só».
       Ele sabe do que fala e o seu auditório compreende perfeitamente o que lhes diz. Não é um discurso bonito, é a vida que emerge das suas palavras.
       3 – Jesus é o Bom Pastor que conhece todas as ovelhas, que as chama pelo nome e que dá a vida por elas. O mercenário encara o pastoreio como um trabalho que realiza por um preço ajustado, sem colocar em risco a própria vida. Se há ameaça, mais importante é salvar-se a si mesmo. A tentação da Cruz – Salva-te a Ti e a nós também! Jesus ousa dar a vida. Não Se poupa nem Se resguarda.
       Ele é o Bom Pastor que sai em busca das ovelhas. Se alguma se perde ou foge do redil, vai procurá-la. Se a encontra faz festa, como o Pai misericordioso faz festa pelo regresso do filho pródigo. Se a ovelha está ferida ou cansada, coloca-a aos ombros, e condu-la de volta ao rebanho. Mas não se pense que descura as que ficam no aprisco, condu-las às pastagens verdejantes e às águas refrescantes.
       Quem Me vê, vê o Pai. Jesus vive sintonizado com o Pai, transparecendo-O no tempo e na história. É o Pai que Lhe confia as ovelhas. "Eu e o Pai somos Um só". Se as ovelhas são do Pai – e o Pai é maior do que todos –, Ele não deixará que as ovelhas se percam. Vem ao de cima a Misericórdia do Pai, que tudo fará para não perder nenhuma ovelha. Envia-nos como Bom Pastor o Seu Filho Jesus, a Quem confia toda a humanidade. De todos os cantos da terra, de todos os tempos, Jesus vem congregar-nos numa só família. Um só rebanho, um só Pastor.
       4 – No Apocalipse, São João continua a revelar-nos as suas visões. Escuta um dos Anciãos: «Estes são os que vieram da grande tribulação, os que lavaram as túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, servindo-O dia e noite no seu templo. Aquele que está sentado no trono abrigá-los-á na sua tenda. Nunca mais terão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles. O Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água viva. E Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos».
       Jesus é o Cordeiro de Deus, é o Pastor que conduz a imensa multidão, pessoas vindas de todos os povos, línguas ou nações. A salvação é extensível a todos. Jesus oferece a Sua vida a favor da humanidade. Conduzirá todos às fontes de água viva e enxugará as lágrimas dos seus olhos.
       5 – Celebramos hoje o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. O Papa Francisco, na Sua mensagem, sob o tema "A Igreja, Mãe das Vocações", sublinha que "a Igreja é a casa da misericórdia e também a «terra» onde a vocação germina, cresce e dá fruto... A conversão e a vocação são como que duas faces da mesma medalha, interdependentes continuamente em toda a vida do discípulo missionário". O Papa Francisco aprofunda a mensagem em três notas que nos remetem para o único rebanho de Cristo: 1) A Vocação nasce na Igreja. 2) A Vocação cresce na Igreja. 3) A Vocação é sustentada na Igreja.
       A segunda leitura incide sobre o ministério missionário de Paulo e Barnabé que lhes foi confiado pela Igreja. Visível a conversão, a inserção à comunidade e o compromisso missionário a partir da comunidade. O Papa diz-nos que "a missão de Paulo e Barnabé é um exemplo desta disponibilidade eclesial. Enviados em missão pelo Espírito Santo e pela comunidade de Antioquia (cf. Atos 13, 1-4), regressaram depois à mesma comunidade e narraram aquilo que o Senhor fizera por meio deles (cf. Atos 14, 27). Os missionários são acompanhados e sustentados pela comunidade cristã, que permanece uma referência vital, como a pátria visível onde encontram segurança aqueles que realizam a peregrinação para a vida eterna".
       Entretanto a missão de Paulo e de Barnabé estende-se aos pagãos. A Boa Nova não está restringida aos judeus, mas destina-se a todas. As circunstâncias antecipam a Igreja em saída: «Era a vós que devia ser anunciada primeiro a palavra de Deus. Uma vez, porém, que a rejeitais e não vos julgais dignos da vida eterna, voltamo-nos para os gentios, pois assim nos mandou o Senhor: ‘Fiz de ti a luz das nações, para levares a salvação até aos confins da terra’». Os gentios rejubilam, mas os "principais da cidade" perseguem e expulsam, do seu território, Paulo e Barnabé. Eles continuam com alegria, e com o Espírito Santo, para outros lugares.


Pe. Manuel Gonçalves



Textos para a Eucaristia (C): Atos 13, 14. 43-52; Sal 99 (100); Ap 7, 9. 14b-17; Jo 10, 27-30.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Tabuaço: restauro da Porta da Capela de São Plácido

       No verão de 2003 ou 2004, no espaço de um mês, a Capela de São Plácido foi assaltada por duas vezes, apesar de não haver ofertas-donativos que justificassem o vandalismo. O estrago maior foi o da porta.  Ao longo do tempo colocou-se um ou outro remendo, pois o orçamento para restaurar ou fazer uma porta nova era muito elevado e havia outras prioridades na paróquia. Um arranjo completo foi agora executado pela Câmara Municipal de Tabuaço, à qual agradecemos a cooperação. A Porta dá um aspeto de asseio e cuidado à Capela.
       A Paróquia de Tabuaço está empenhada em valorizar este espaço, não apenas a Capela mas o recinto que a circunda. Para tal tem mantido contactos com a autarquia a fim de poder requalificar este espaço que, por certo, beneficia a Vila de Tabuaço, como ponto turístico, e a comunidade paroquial que preserva o local, podendo no futuro promover alguma celebração ou romaria.
Algumas imagens da Capela de São Plácido.


Para ver fotos do Património Religioso,
consultar a página da Paróquia de Tabuaço no Facebook.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Paróquia de Tabuaço: Festa de São Vicente Ferrer

      São Vicente Ferrer acompanha os inícios do povoado de Tabuaço, venerando-se desde o século XV ou XVI, havendo perto da localização atual uma ermida em sua honra, à volta da qual a povoação foi crescendo.
        Na Capela existem, depois das obras de recuperação, quatro imagens: São Vicente, Santa Frebena, São Paulo, Apóstolo, e Santa Maria (Romana).
        A imagem de São Vicente representa-o com o traje dominicano. Na imagem original, teria asas, sendo visíveis dois buracos na parte superior das costas, onde estariam incrustadas as duas asas que entretanto desapareceram, por ser apelidado de “anjo do apocalipse”. Sentado aos pés, a judia que ele ressuscitou e que se converteu ao cristianismo.
       Nos últimos anos temos festejado a memória litúrgica de São Vicente, desde que não caia na Semana Santa ou na Páscoa, como foi no ano anterior. Este ano teve dois momentos: no dia 5 de abril, o dia da memória litúrgica, a celebração da Eucaristia, animada pelo Grupo Coral, e no dia 9 de abril, promovida por um grupo de pessoas ligadas a São Vicente, com Procissão em sua honra, da Capela para a Igreja e da Igreja para a Capela, integrando-se na Eucaristia vespertina com as crianças e adolescentes da Catequese. No final, o habitual convívio de comes e bebes e um momento musical.
Algumas fotos das Eucaristias, no dia 5 e no dia 9, e da Procissão:

Para as restantes fotos que temos disponíveis,
visitar a página da Paróquia de Tabuaço no Facebook.