quinta-feira, 15 de março de 2012

Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo

       Jeremias é um dos Profetas maiores do judaísmo. Assim considerado também pelo tamanho dos seus escritos, a quem é também atribuído o Livro das Lamentações. É um dos profetas mais conhecidos, citado em outras partes da Escritura Sagrada, é profeta da interioridade, sublinhando a necessidade e a urgência da conversão interior, da adesão à vontade de Deus, da mudança de vida, de procurar atender às pessoas mais frágeis, de praticar a justiça e o bem, de viver honestamente, não cedendo aos interesses instalados. Dá-nos nota que as palavras que prega é a sua forma de viver. Na sua vida transparece a Palavra de Deus. Isso vai custar-lhe a perseguição constante. É um sinal de contradição. Expõe com a sua vida, com a sua postura, todos aqueles que se desviam do caminho do Senhor e se aproveitam das pessoas mais simples.
       Vejamos o texto que nos é proposto para este dia:
Assim fala o Senhor: «Foi isto que ordenei ao meu povo: ‘Escutai a minha voz, e Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo. Segui sempre o caminho que vou indicar-vos e sereis felizes’. Mas eles não ouviram nem prestaram atenção: seguiram as más inclinações do seu coração obstinado, voltaram-Me as costas, em vez de caminharem para Mim. Desde o dia em que os seus pais saíram da terra do Egipto até hoje, enviei-lhes todos os profetas, meus servos, dia após dia, incansavelmente. Mas eles não Me ouviram nem Me prestaram atenção: endureceram a sua cerviz, fizeram pior que seus pais. Se lhes disseres tudo isto, não te escutarão; se chamares por eles, não te responderão. Por isso lhes dirás: Esta é a nação que não ouviu a voz do Senhor seu Deus e não quis aceitar os seus ensinamentos. Perdeu-se a fidelidade, foi eliminada da sua boca» (Jer 7, 23-28).
       Jeremias, neste trecho, lamenta o desvio do povo e como Deus insiste em enviar mensageiros, profetas. Deus não desiste de nós. Porém, nem sempre estamos na disposição de acolher a Sua voz, a Sua palavra.
       Para Deus importa a nossa vida, a nossa felicidade. Seguir os seus preceitos não é uma imposição que nos castiga, mas uma proposta de libertação, de reconciliação e de comunhão, uns com os outros e como povo.

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