quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ser "serventes" dos milagres de Deus

       Ao 8.º Dia de novena, o nosso padre pregador, Pe. António Giroto, partiu da proclamação do Evangelho das Bodas de Caná da Galileia. Jesus, Sua Mãe e os discípulos são convidados para uma boda. A determinada altura, Nossa Senhora constata que os noivos não têm vinho e faz chegar rapidamente essa informação ao Seu filho Jesus.

O caminho de Maria é um caminho de Fé, ligado a Jesus.
       A partir de agora ela deixa o nome próprio e passa a ser a Mãe de Jesus. A presença de Maria increve-se numa lógica de caridade, como na visitação assim também nas bodas de Canaã. Sublinhe-se a delicada atenção de Maria e o exemplo de uma oração confiante: Ela não especifica a Jesus o que tem de fazer, Ele o saberá. Diz apenas que os noivos não têm vinho. Quantas vezes nas nossas orações já especificamos o que queremos e em que tempo queremos que Deus nos atenda e até "negociamos" a realização das nossas súplicas. Deus bem sabe o que precisamos.
       "A mediação ininterrupta de Maria; solidária com as necessidades humanas, mas confiante no plano de Deus (não sabia o que jesus ia pedir) - Maria... confia em Deus".
       Aos serventes, Maria diz apenas para que eles façam tudo o que Jesus lhes disser. Também nós precisamos de ser serventes de Deus, para que Ele continue a operar no mundo, para que os milagres continuem a realizar-se.
       Entre Maria e Jesus mantém-se uma ligação íntima, numa troca de olhares intensa, permanente, comunhão de alma e de coração. Ela confia, mesmo quando Ele lhe diz: que temos nós a ver com isso? Maria "sugere" aos serventes que sirvam confiantes.
  
"O vinho da boda é distribuído por toda a humanidade sedenta"
       As talhas que estavam por ali serviam para a purificação dos judeus. Tinha água suja. Deus serve-se até do nosso pecado para realizar o milagre. Naquelas talhas surge "o vinho da alegria oferecido por Deus... vinho das núpcias, da nova aliança, sangue do cordeiro.

O seguimento de Cristo
       Depois da Boda, Maria, Jesus e os seus discípulos desceram para Cafarnaum… Depois do milagre, da festa, tempo para refletir, para rezar, para fazer um exame de consciência sobre o sucedido, até para apreciar o dom. Por sua vez, Maria surge agora como discípula, acompanha Jesus e com Ele faz o caminho de Nazaré até Jerusalém, das Bodas até à Cruz, no Calvário...

A tentação da Mãe 
       Maria e José guiam-se pela certeza de que Jesus vem da parte de Deus, é o Filho de Deus altíssim, mas por outro lado a incredulidade do povo, as hesitações. Jesus esteve sujeito às tentações. Certamente também Maria o esteve. Mas que tentações? A tentação das mães, tentação de ir buscar Jesus, o Seu Menino, de O proteger contra os delatores, os boatos, a malediência, de não deixar que digam ma d'Ele, por exemplo quando é instada a ir ver o que se passa com Jesus, de Quem se dizia que tinha um espírito impuro, que estava possuído. A espada de dor que atravessa a alma de Maria é cada vez mais profunda. 
 
Caminho de alegria 
       "Feliz o ventre que te trouxe e os peitos que te amamentaram" - alguém grita o meio da multidão. Contudo Jesus acentua uma vez mais que felizes são os que escutam a Palavra de Deus e procuram fazer a Sua vontade. Isso vale para Maria, vale também pata nós.
       Perante Jesus é necessário assumir uma liberdade interior de acolhimento, de aceitação. Ele vem até nós para nos elevar. Deixemos que através de nós, Deus continue a operar maravilhas.

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