segunda-feira, 30 de maio de 2011

Abrão, Isaac e opção pela Vida - Gn 21,8-21

       Algum tempo depois, Deus colocou à prova a fé de Abraão. “Pega no teu filho Isaac” – disse Deus, “o filho que tanto amas. Vai até ao cimo de uma montanha na terra de Moriá. Aí, deves sacrificá-lo em meu nome”.
       Abraão não questionou aquilo que escutara. A prática de sacrificar crianças não era estranha entre alguns dos povos vizinhos. Na manhã seguinte, cortou lenha para a fogueira, albardou o jumento e partiu para a montanha com Isaac e dois servos. Ele tinha-os informado que iria fazer um sacrifício, não havia explicado mais nada.
       À medida que se aproximavam da montanha, Abraão pediu aos servos para esperar com o jumento, enquanto ele e Isaac iriam prosseguir com a cerimónia.
       Isaac transportou a lenha. Abraão levava uma faca e um pote com brasas para acender a fogueira.
       “Oh, sabeis do que nos esquecemos?” – perguntou Isaac. – “Não temos o cordeiro para o sacrifício!”
       “Deus tratará de arranjar um” – respondeu Abraão, lacónico.
       Os dois continuaram a subir. No cimo da montanha, Abraão construiu um altar em pedra e deitou sobre este a lenha. Subitamente, agarrou Isaac com violência, amarrou-o e deitou-o em cima do altar. Levantou a sua faca. “Abraão” – chamou Deus.
       “Aqui me tendes” – respondeu Abraão. “Não magoes o teu filho” – disse Deus. “Tudo isto Me provou que estás disposto a obedecer-me”. Abraão baixou a faca. Olhou à sua volta. Atrás de si encontrava-se um carneiro selvagem, preso num silvado. Abraão desamarrou o seu filho e sacrificou o carneiro. O seu amado filho estava salvo. “A partir de agora” – disse Deus, “podeis estar certo de que abençoarei o teu filho e os filhos do teu filho por todas as gerações vindouras”.

 Mónica Aleixo, in Boletim Voz Jovem, maio 2011.

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