terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Papa envia 900 mil euros para o Haiti

       Bento XVI vai enviar cerca de 929,4 mil de euros (1,2 milhões de dólares) para ajudar a população haitiana, um ano depois do sismo que atingiu o país.
       O montante vai ser entregue pelo cardeal africano Robert Sarah, presidente do Conselho Pontifício «Cor Unum», organismo que coordena toda a acção socio-caritativa da Igreja Católica.
       O terramoto ocorrido a 12 de Janeiro de 2010 no Haiti, com epicentro de cerca de 25 km a sudoeste da capital, Port-au-Prince, atingiu os 7.0 na escala de Richter. Estima-se que o sismo tenha provocado mais de 220 mil mortos e afectado mais de um milhão de pessoas, a maior parte por terem ficado desalojados.
       O cardeal Sarah leva “uma mensagem”, em nome do Papa, e “ajuda económica” proveniente das contribuições para ajuda às vítimas do terramoto: 800 mil dólares destinados à reconstrução de escolas e 400 mil dólares para a reconstrução das igrejas. A visita do presidente do «Cor Unum» decorre a partir de hoje, prolongando-se até ao próximo dia 13.
       D. Robert Sarah visita algumas comunidades religiosas como as «Irmãs de Cristo Rei», em Léogane, cujo hospital ficou destruído, as «Irmãzinhas de Santa Teresa do Menino Jesus», que gerem um centro para doentes de SIDA e tuberculose, ou os «Companheiros de Jesus», que viram ruir o seu centro para idosos e uma escola. Neste último caso, o cardeal vai lançar a primeira pedra da Escola «Notre Dame des Anges».
       A 11 de Janeiro, o membro da Cúria Romana encontra-se com o presidente da República do Haiti, René Préval, visitando ainda um campo de refugiados, onde celebrará a Missa.
       No primeiro aniversário do terramoto, dia 12 de Janeiro, vai ser lida a mensagem do Papa, na Missa que recorda a tragédia.
       O cardeal Sarah vai reunir também com bispos, seminaristas, responsáveis da Cáritas e de outras organizações internacionais de voluntariado.
       O último ponto do programa oficial é uma Missa, a 13 de Janeiro, na casa das Filhas de Maria «Parideans», que perderam 15 religiosas sob os escombros, após o sismo, que deixou ainda 12 irmãs com ferimentos graves.
       Segundo o Vaticano, a visita de um enviado especial do Papa visa “agradecer também aos que colaboraram no enorme esforço da fase de emergência e renovar o compromisso da Igreja na reconstrução”.
       No último Domingo, o Papa deixou um “pensamento particular” para a população do Haiti, um ano depois do terrível terramoto, ao qual se seguiu também uma grave epidemia de cólera”.
       O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, vai assinalar o primeiro aniversário da tragédia ao presidir a uma missa, a 12 de Janeiro, na basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
       Para além das muitas perdas humanas e materiais, o abalo sísmico causou na altura sérios danos nas infra-estruturas sanitárias e em reservas de água, deixando a população mais vulnerável ao aparecimento de doenças, como a cólera.

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