sábado, 13 de novembro de 2010

XXXIII Domingo Tempo Comum - 14/Novembro

       1 – Aproximando-se o final do ano litúrgico, a palavra de Deus, proposta para reflexão e para iluminar a nossa vida quotidiana, refere-se com mais insistência e clareza para os bens últimos, para o juízo final, para a vinda gloriosa de Jesus Cristo, para o fim do mundo.
       Num primeiro momento poderá parecer que o dia que se anuncia será de condenação e/ou destruição e castigo. Mas ao lermos com atenção o texto, conclui-se que o mesmo nos comunica uma mensagem de grande confiança em Deus, em dinâmica de salvação.

       2 – Cada uma das leituras acentua a manifestação gloriosa de Deus, como oportunidade de redenção, em que o mal desaparecerá e o bem entrará na comunhão plena com Deus. Com efeito, diz-nos a primeira Leitura, "há-de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha; e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores... Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação".
       A nossa preocupação não deve ser o juízo de Deus, mas a vida que levámos hoje, a nossa postura diante do mundo, dos outros e de Deus.
       No Evangelho, sobre os últimos tempos, Jesus convida a confiar em Deus, sem sobressaltos, mas com perseverança. "Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas". Nada nos separará do amor de Deus.
       Por sua vez, o Salmo aponta-nos o Senhor, como justo Juiz, na certa que "diante do Senhor que vem, que vem para julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com equidade". Para que esses dias não nos surpreendam, temos de estar sempre preparados na vivência do bem que nos aproxima dos outros e de Deus.
       3 – Acabe o mundo hoje ou amanhã, o nosso compromisso, como seguidores de Jesus Cristo é o mesmo: alimentados pela Palavra e pelos Sacramentos, que nos introduzem na vida divina, trabalhamos, em cada gesto e em cada palavra, a caridade que Cristo nos dá com a sua vida, morte e ressurreição.
       Diz-nos expressivamente São Paulo, na segunda Leitura, "quem não quer trabalhar, também não deve comer. Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazerem trabalho algum, mas ocupados em futilidade A esses ordenamos e recomendamos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que trabalhem tranquilamente, para ganharem o pão que comem".
       O "pão-nosso" de cada dia que pedimos a Deus, Ele no-lo dá através do nosso trabalho, do nosso esforço, do nosso compromisso. Mais, Ele mesmo é PÃO para todos nós no Sacramento da Eucaristia, na qual o Espírito Santo nos dá Jesus Cristo, como alimento até à vida eterna. Mas também é pão que se transforma em caridade.
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Textos para a Eucaristia (ano C): Mal 4,1-2; Sl 97 (98); 2Tes 3, 7-12; Lc 21,5-19

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