terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pai palhaço > | < Pai polícia

       "Temos de exigir limites dos filhos, mas primeiramente temos de lhes dar amor. Os pais têm de lhes dar a sua amizade, o seu carinho, a sua atenção, a sua sabedoria e a sua inteligência, para depois cobrar limites e reacções...
       O pai que se comporta como um «palhaço» para envolver e encantar o seu filho, tem muito mais possibilidades de ajudar o filho do que aquele pai que se comporta como um «polícia» que o tenta punir..."

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Novena da Imaculada Conceição - 1.º Dia

       A paróquia de Tabuaço, cuja Padroeira é Nossa Senhora da Conceição, inicia hoje um tempo - NOVENA - de reflexão e de oração. Este ano com um motivo que valoriza a novena e a festa da Iamculada Conceição, a presença do nosso Bispo, D. Jacinto, em Visita Pastoral, entre os dias 2 e 8 de Dezembro.
       Para os primeiros três dias, a pregação ficará à responsabilidade do Pe. Luís António, Pároco de Sendim, de Paradela e da Granjinha.
       A NOVENA é como que um retiro aberto, para nos deixarmos envolver pela mensagem do Evangelho traduzido na vida de Nossa Senhora e que queremos se concretize também na nossa vivência de cristãos, fiéis seguidores de Jesus Cristo. É também um momento de preparação para a celebração do NATAL.

As desavenças entre Nossa Senhora de Fátima e a Imaculada Conceição

       "Trazia o avental à cintura. Entrara pela porta lateral, porque estava entreaberta. Cuido que se estivesse aberta, não entraria, pois o mistério da porta aberta não se compara com o mistério da porta entreaberta. Entrou, disse Bom dia, viu e retorquiu. Olhe que Nossa Senhora de Fátima não pode ficar ao lado da Imaculada Conceição.
       A capela tinha estado em obras e tínhamos decidido recompor algumas das coisas, nomeadamente a posição e localização das imagens. As obras são sempre ocasião para recompor coisas.
       Intrigado e, digamos, aborrecido pela intromissão de quem só tem opiniões para dar mas não para fazer, perguntei. Porquê, senhora Ascensão? Ao que me respondeu Porque elas não podem uma com a outra. Não se dão bem. Se dissesse que não ficam esteticamente bem uma ao lado da outra, até poderia aceitar. Mas que não se dão bem!
       O senhor João, que estava ao meu lado, e por seu lado, soltou-se, no meio de uma gargalhada, Então o padre não sabia que a Nossa Senhora de Fátima não quer nada com as outras, porque ela é portuguesa e as outras não? E contou-me que as desavenças eram antigas e não se resumiam a estas duas, mas a uma série de nossas senhoras. Ao raciocínio acrescentei aquela de que a Senhora do O não podia estar ao lado da Senhora do Ai porque ainda estavam uma série de letras do alfabeto no meio. Rimos despregadamente.
       A senhora Ascensão não entendia. Por isso acrescentou. Olhe que já no tempo de minha avó já diziam que colocando uma ao lado da outra, alguma poderia cair do trono e era certo e garantido um ano de desgraças.
       Não coube mais em mim, e entendi donde vinham as desavenças antigas. Vinham da cabeça de alguns cristãos que mais nada sabem do que viver a fé com superstição.
       Expliquei-lhe que eram a mesma e que por isso não se iam zangar consigo próprias. Mas ela não entendeu e saiu deixando a porta aberta. Quando estamos zangados, ou batemos a porta ou a deixamos aberta. Nunca a deixamos como estava.
       É por estas e por outras que não deveríamos dar tantos nomes a Nossa Senhora".

Vinde, caminhemos à luz do Senhor

       Sucederá, nos dias que hão-de vir, que o monte do templo do Senhor se há-de erguer no cimo das montanhas e se elevará no alto das colinas. Ali afluirão todas as nações e muitos povos acorrerão, dizendo: «Vinde, subamos ao monte do Senhor, ao templo do Deus de Jacob. Ele nos ensinará os seus caminhos e nós andaremos pelas suas veredas. De Sião há-de vir a lei e de Jerusalém a palavra do Senhor». Ele será juiz no meio das nações e árbitro de povos sem número. Converterão as espadas em relhas de arado e as lanças em foices. Não levantará a espada nação contra nação, nem mais se hão-de preparar para a guerra. Vinde, ó casa de Jacob, caminhemos à luz do Senhor (Is 2, 1-5).
       O profeta Isaías, que nos acompanha neste tempo santo de Advento, de espera do Salvador, anuncai a chegada do Messias e dum tempo de paz, de prosperidade, de harmonia entre pessoas e povos. É já tempo de nos prepararmos, de andarmos na luz do Senhor, para que quando o Senhor vier nos encontre vigilantes.

domingo, 28 de novembro de 2010

Ao Encontro da LUZ...

       O Advento é o tempo de espera da salvação. Preparamo-nos, cada ano, renovados pela acção do Espírito Santo, para a celebração festiva do nascimento de Jesus, o NATAL cristão. A liiturgia deste tempo ajuda-nos a viver na ESPERANÇA, vivendo a FÉ com intensidade, com firmeza, levando-a à prática da CARIDADE.
       Mais um vídeo/diaporama de Arménio Rodrigues, no Faz-te ao Largo, que nos lança algumas questões sugestivas:

sábado, 27 de novembro de 2010

I Domingo Tempo do Advento - 28/Novembro

       1 – "Alegrei-me quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor»". O salmo que escutámos expressa a alegria pela proximidade do Reino de Deus. Ainda não chegamos, mas já os nossos passos se tornam mais firmes, pois vemos as portas escancaradas para entrarmos na casa do Senhor. Poderíamos aqui usar a imagem da mulher que está para dar à luz. Enquanto se aflige com as dores pelo parto iminente, a força, a coragem e a alegria por saber que passada essa hora de angústia e de sofrimento, logo terá o filho em seus braços, junto ao coração, experimentando já, por antecipação, o sabor por tamanha felicidade.
       Assim a notícia da chegada do Reino de Deus, logo que ressoa em nossos ouvidos, o nosso coração, a nossa alma fica alerta, em sobressalto, ansioso mas alegrando-se por ver chegada a hora de se manifestar um tempo novo.
       2 – O anúncio da proximidade do Reino envolve a vinda do Messias, que para nós é Jesus Cristo, filho amado de Deus, Deus que Se faz homem e que vem para nos introduzir (de novo) na vida divina. 
       Com efeito, o povo eleito há muito espera o novo David, o Emanuel, o Deus connosco. "Ele será juiz no meio das nações e árbitro de povos sem número. Converterão as espadas em relhas de arado e as lanças em foices. Não levantará a espada nação contra nação, nem mais se hão-de preparar para a guerra. Vinde, ó casa de Jacob, caminhemos à luz do Senhor” (Primeira Leitura).
       Com a vinda do Messias, um tempo de prosperidade, de paz, de justiça, de luz.
       3 – Como cristãos, vivemos nesta tensão, entre a vinda de Deus até nós, em Jesus Cristo e a concretização plena e definitiva do Reino de Deus. Jesus é o próprio Reino de Deus entre nós. Não apenas dentro de nós, não apenas um reino espiritual, mas no meio de nós, numa dinâmica transformadora do mundo em que vivemos. Os novos céus e a nova terra proclamados não exigem a destruição do mundo em que vivemos mas a sua transformação, para que se torne, em Jesus Cristo, verdadeiro mundo novo.
       Com Cristo, irrompe o Reino de Deus, é-nos dada a salvação, e igualmente nos são dados os instrumentos para fazermos com que este mundo se torne reflexo do amor de Deus. Diz-nos o Apóstolo, "Chegou a hora de nos levantarmos do sono, porque a salvação está agora mais perto de nós do que quando abraçámos a fé. A noite vai adiantada e o dia está próximo. Abandonemos as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como em pleno dia, evitando comezainas e excessos de bebida, as devassidões e libertinagens, as discórdias e os ciúmes; não vos preocupeis com a natureza carnal, para satisfazer os seus apetites, mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo".
       Ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas estamos muito mais próximos, já se vê a luz, não ao fundo mas à entrada do túnel, já nos ilumina, já nos guia, já vislumbramos a salvação, já a experimentamos, já vivemos como filhos no Filho, como irmãos em Jesus. A Sua morte e ressurreição faz-nos ver o quanto somos amados por Deus. Aquele que se sente amado, não deixa de transparecer a sua alegria, assim também nós, experimentando a presença de Deus, não cessemos de praticar o bem a justiça, a caridade, para que Deus Se torne mais visível.
       4 – E como não sabemos o dia em que seremos levados à plenitude de Deus, não nos guiemos pela preguiça, ou pela espera futura, como nos lembra o Apóstolo e como insiste Jesus Cristo: "Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor" (Evangelho).
_________________
Textos para a Eucaristia (ano A): Is 2,1-5; Sl 121 (122); Rom 13,11-14; Mt 24,37-44.

A D V E N TO - à espera do tempo novo!

       Magnífico trabalho, mais um, de Arménio Rodrigues, no canal Faz-te ao Largo, sobre o tempo de Advento, como tempo de espera, de renoação, de vinda do Deus que salva, que renova todas as coisas. O projecto de Deus é conduzir-nos a todos à felicidade, mas por vezes o nosso coração fecha-se à graça de Deus. Mas Deus não desiste de nós, nunca e, por conseguinte, envia-nos o Seu Filho Jesus para nos re-introduzir no reino de Deus...
       Aprecie a beleza do diaporama, reflicta nas palavras escritas, deixe-se enlevar pela melodia, reze em seu coração, com Jesus, o Deus connosco.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Oração a Nossa Senhora da Conceição

Quando eu quero falar com Deus...

Crise de diálogo no meio do ruído...

       "Estamos a viver isolados na sociedade. Nunca estivemos tão próximos fisicamente, mas tão distantes interiormente. Nunca falamos tanto de coisas que estão fora de nós e nos silenciamos tanto sobre as nossas experiências mais íntimas. Os jovens, os velhos, os iletrados, os intelectuais, têm vivido enclausurados no território da emoção. A crise do diálogo na actualidade é tão grande que, infelizmente, as pessoas só têm coragem de falar de si mesmas quando estão diante de um psiquiatra ou de um psicoterapeuta.

E D I T O R I A L - Voz Jovem

      1 – Aproxima-se a celebração festiva da Imaculada Conceição, Padroeira de Tabuaço, Madrinha dos Bombeiros Voluntários de Tabuaço, Padroeira e Rainha de Portugal.
       Como em muitas paróquias, a festa da Padroeira é a mais significativa e mobilizadora, pelo menos religiosamente. E tem que ser. Quando uma paróquia, uma comunidade, um movimento, escolhe um patrono, fá-lo por reconhecer nele um testemunho, um exemplo a seguir e, no campo religioso, Alguém que interceda junto de Deus.
       Quando o Rei português coroou Nossa Senhora da Conceição, em 1646, como Rainha de Portugal, fê-lo por acreditar que Nossa Senhora tinha protegido o país, fê-lo para que Ela fosse venerada, honrada, como Rainha, para que os portugueses a Ela pudessem recorrer e pudessem imitá-la na prossecução do bem.
       O centro da vida cristã é Jesus Cristo, no Seu mistério pascal, morte e ressurreição. Consequentemente a festividade mais importante dos cristãos e da Igreja é a Páscoa. À luz da ressurreição, os acontecimentos que dizem respeito a Jesus, nomeadamente a Encarnação/Nascimento. A envolvência de Nossa Senhora na Liturgia católica sempre teve grande relevância e maior acolhimento por parte dos fiéis.
       Como Mãe de Jesus e Mãe da Igreja sentimo-la mais perto de nós, das nossas preocupações e projectos. E, por outro lado, evocando o episódio das Bodas de Canaã, o Filho não recusa a intercessão da Mãe. Ela sabe que é Deus Quem tudo realiza e através de Quem tudo acontece. O próprio Jesus, na Cruz, no-la dá como Mãe, para que Ela permaneça sempre próxima de nós. E, por sua vez, Maria não cessa de dizer-nos: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
       A nossa comunidade vive intensamente os dias dedicados a Nossa Senhora da Conceição, tanto a novena como o dia da festa. Mais do que o tempo pascal ou o tempo de Natal. Porém, ao voltarmo-nos para Maria, voltamos também, com Ela, o nosso olhar e o nosso coração para o Seu Filho Jesus.
       2 – Tal como no ano de 2003, há 7 anos, também nesta ocasião, teremos connosco o Sr. Bispo, D. Jacinto Botelho, em Visita Pastoral.
       Como paróquia, pertencemos à Diocese de Lamego. À frente de cada Diocese, o Bispo; no nosso caso e desde o ano de 2000, é o Sr. D. Jacinto, natural de Vila da Rua, concelho de Moimenta da Beira.
       É a Visita do Pastor a uma das suas comunidades paroquiais. Ele é o responsável por toda a Diocese. É o Sr. Bispo que provem ao “pastoreio” das diversas comunidades. A sua vinda é uma oportunidade para sentir o pulsar da nossa vivência cristã, para connosco aprofundar a fé em Jesus Cristo, para balizar a nossa inserção na Igreja católica, para sublinhar o que de bom se faz, para colocar novos desafios, deixando sugestões/interpelações.
       Ao longo de 10 anos, D. Jacinto esteve entre nós, em momentos diferentes e com motivações diversas: 18 de Março de 2002, Comunhão Pascal da Escola, na Igreja Paroquial; 1 de Maio de 2002, celebração do Crisma, com 106 pessoas, no Pavilhão Municipal; em 2003, a Visita Pastoral, com a celebração do Crisma; 1 de Abril de 2004, Comunhão Pascal da Escola, na Igreja Paroquial; 17 de Março de 2005, Comunhão Pascal da Escola, na Igreja Paroquial; 1 de Julho de 2006, Celebração do Crisma; 10 de Maio de 2008, bênção e inauguração do Centro Paroquial, e, no mesmo ano, em 8 de Junho, celebração do Crisma; 20 de Junho de 2009, para participar na VI Assembleia Diocesana da Família e presidir à Eucaristia de encerramento, e 31 de Outubro de 2009, no espaço físico da paróquia, para a bênção das Piscinas Municipais e Biblioteca Municipal.

       3 – A Visita Pastoral do nosso Bispo, que nos confirma na Fé católica e apostólica, há-de mobilizar-nos para vivermos mais intensamente a novena e a festa de Nossa Senhora da Conceição, aprofundando as razões da nossa esperança, orientando-nos para a prática caritativa, na imitação da nossa Padroeira, nossa Mãe e Rainha.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O DEUS que vê. Abraão, Sara e Agar...

       Sarai, a esposa de Abraão estava abatida. Ao longo dos anos não conseguia ter filhos e sabia que o marido ansiava por um filho.
       Decidiu pôr em prática um plano. “Tenho uma escrava egípcia chamada Agar – lembrou a Abrão –; todos sabem que eu não posso conceber e, segundo a tradição, podeis dormir com ela. Assim, ela poderá dar-vos um filho”.
       Abraão concordou e Agar engravidou.
       O seu novo estado fez com que Agar se sentisse muito importante. Começou a agir como se fosse mais importante que Sarai, o que fez com que esta ficasse furiosa. Na sua fúria, decidiu tratar a escrava da forma mais cruel que podia. Perante isso, Agar acabou por fugir.
       No deserto, num local onde existia uma nascente de água, um dos anjos de Deus foi de encontro a Agar. “Deves regressar para a tua ama – disse o anjo – Deus irá abençoar-te. Terás um filho e irás chamar-lhe Ismael. Ele terá muitos inimigos, mas viverá para ser pai de uma grande nação”.
       Agar ficou espantada: “Terei realmente visto Deus e vivido para o contar? – maravilhou-se –, Este é verdadeiramente um Deus que vê o que se passa aqui na Terra”.
       Corajosamente, Agar fez a viagem de regresso para junto de Sarai. Os meses passaram-se e ela ficou exultante por ter um filho, a quem chamou Ismael.
       E ao poço onde Agar encontrou o anjo foi dado o nome de “O poço daquele que vive e que me vê”

“Querido Deus quando as pessoas são tratadas de modo cruel. Vós vedes tudo o que acontece. Velai por elas com carinho e abençoai-as”

 Mónica Aleixo, in Boletim Voz Jovem, Novembro 2010.

Erguei-vos e levantai a cabeça!

       «Aleluia! A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus, porque os seus juízos são verdadeiros e justos. Ele condenou a grande meretriz, que corrompia a terra com a sua imoralidade e nela fez justiça ao sangue dos seus servos». E acrescentaram: «Aleluia! O fumo das chamas vai subindo pelos séculos dos séculos». Disse-me o Anjo: «Escreve: ‘Felizes os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro’» (Ap 18, 1-2.21-23; 19, 1-3.9a).
       "Então hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima" (Lc 21, 20-28).

       A primeira leitura e o evangelho para hoje terminam com estas palavras transcritas aqui (in supra). São palavras de grande confiança e de grande estímulo para os discípulos de Jesus Cristo. Os tempos que se anunciam poderão não ser muito fáceis, mas a certeza de Deus estar do nosso lado e de nos assegurar o futuro é um estímulo ao compromisso com o mundo em que vivemos.
       Por maiores que sejam as contrariedades, Deus guia-nos para a salvação.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Chega de crises sem sentido

Chega,
de sentir a alma ferida.

Chega,
de ver gente a dormir ao frio,

Chega,
de ver lá fora um Sol magnífico,
e de ficar todo o dia a penar,
cá dentro,
com o coração triste e num desatino,
como se fora ele também um sem-abrigo,

Chega,
de viver ancorado
ao esquecimento dos outros,
ao tempo do desamor,
ao tempo da indiferença,
submetidos apenas pelo maldito
confronto ideológico,
pela ganância e pelo ódio,
que transparece no semblante carregado do outro,
porque vive mordido e espicaçado pela ambição
pelo efémero,
e pela cobiça.

Chega,
de viver num tempo sem tempo,
que nem sequer nos deixa,
saborear com prazer,
o supremo bem da fraternidade e
da partilha,
o privilégio que é ter um só amigo.

Chega de presenciar rostos que empalidecem de medo,
por nem sequer terem pão para dar a um filho.

Chega,
de observar gente a correr num desatino,
à procura daquilo que não chega,
o emprego,
o mero salário,
uma protecção para o vento e para a chuva.

Chega, Chega, Chega.
Se não o mundo não vai chegar sequer,
para um novo homem poder nascer!

Chega,
definitivamente,
chega,
destas crises sem sentido!

Chega,
porque senão,
eu morro antes do tempo,
saudável e com vida!

(autora Beatriz Barroso)

Ideia de DEUS...

Você pode imaginar a ideia que Deus faz de SI.
O valor que Deus lhe atribui.
A sua herança é grande demais e a sua vida é importante demais para ele.
Deus investiu tanto em si, porque só Ele sabe
...
realmente o valor que você tem.
Ele escolheu-o para um propósito especial, que só você poderá realizar.
Acredite!
Você é o melhor de Deus!!!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tende cuidado, não vos deixeis enganar

       Jesus respondeu-lhes: «Tende cuidado; não vos deixeis enganar, pois muitos virão em meu nome e dirão: ‘Sou eu’; e ainda: ‘O tempo está próximo’. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas, não vos alarmeis: é preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim». Disse-lhes ainda: «Há-de erguer-se povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terramotos e, em diversos lugares, fomes e epidemias. Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu» (Lc 21, 5-11).
       Ao olharmos para os textos litúrgicos sugeridos para hoje, constatámos como é fácil alguém utilizar a Bíblia para fomentar o medo, a ameaça, a pregação cataclítica do fim do mundo, de destruição de todo o que nos é visível, e até mesmo de uma grande castigo da parte de Deus.
       Mas sem necessidade de grandes teorizações, basta ler com atenção o texto sagrado para vermos que as palavras proferidas são sobretudo de esperança e de confiança em Deus. Diz Jesus, "não vos alarmeis" com estas coisas e se aparecerem os profetas da desgrala, "não vos deixeis enganar". Mesmo que o mundo esteja a ruir, tende confiança, "Eu venci o mundo".
       Aquilo que parecem profecias da desgraças, são anúncio do julgamento de Deus e Deus vem, em Jesus Cristo, para julgar recuperando o que estava perdido.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Você ... o jardim de DEUS

Ao nascer, recebemos um jardim para cuidar, já com muitas sementes, que nos cabe apenas regar, cuidando com carinho de cada canteiro.

No canteiro do Amor, nascem os mais belos sentimentos, como a solidariedade, o afeto, a ternura e uma linda flor vermelha, chamada de paixão.

No canteiro da esperança, nascem os sonhos, a perseverança, os desejos da alma, que bem regados, rendem muitos frutos, chamados de "realizações".

No canteiro da alegria, flores lindas que sorriem para a vida, são conhecidas como "motivação", "boa vontade" e "persistência", sendo fundamentais para a continuidade do nosso jardim.

Mais ao fundo, um canteiro impressiona pela altura das flores, é o canteiro da fé, regado com orações e atitudes regeneradoras, sobem até o céu, e muitas das flores tocam os pés dos anjos, que tudo ouvem nas nossas plantações.

Muitos cuidam do canteiro com trabalho incessante, vigiando os pensamentos, regando constantemente o amor, a alegria e a esperança, sempre com desejo sincero de mudar para melhor.

Assim, as flores crescem sempre fortes, lindas e mesmo diante das tempestades, próprias da vida, resistem ao tempo e as dificuldades, tornando-se cada vez mais belas.

Outros, um pouco menos cuidadosos, se perdem em lamentações, gastando o precioso tempo em divagações. Pensam nas plantas que poderiam ter e não tem, naquelas que já tiveram e perderam, nas belas plantas do vizinho, e vão se descuidando do jardim, deixando as ervas daninhas tomarem conta dos canteiros.

Assim, plantas destruidoras como o ódio, a inveja, a calúnia, a preguiça, o desrespeito entre outras pragas, vão tomando o lugar das flores da vida, das sementes que recebemos ao nascer, e vamos nos tornando pessoas amargas, insensíveis, amarguradas, tristes e doentes.

O jardim da vida são os seus pensamentos, o regador seus sentimentos e a semente, a fé.

O jardineiro é você, a terra, a própria vida, a água é Deus, fonte de toda a vida, que espera que seu jardim não seja apenas florido, mas que dele nasçam frutos perenes, e que um dia, você vire semente eterna do bem.

Sendo assim, onde você estiver vai atrair pássaros e vida, vai levar alegria e paz, conforto e esperança, pois em você, a semente de Deus germinou, deu frutos e criou raízes profundas.

Seja você, o próprio jardim deDeus, cuide dos seus canteiros, regue todos os dias com amor, esperança e fé.

(autor desconhecido)

Deus ama-te apaixonadamente, como és!

"Deus ama-te apaixonadamente, tal como és. (...)
O Senhor é um Deus apaixonado por ti.
Deus é amor e não pode, não sabe, não é capaz de fazer outra coisa
senão amar-te, gostar de ti, querer-te bem. (...)

O Senhor ama-te porque Ele é bom, porque é amor.
Não está à espera que tu sejas anjo ou santo para te amar.
Ele sabe que és barro, que és frágil e por isso te ama, te quer bem.
Não duvides deste amor e abre-te a Ele. (...)

Recorda o que o Senhor disse a Catarina de Sena:
«faz-te receptiva e Eu serei torrencial».
Aprende a ser receptivo, aprende a ter um coração pobre, despojado e humilde,
e o Senhor será, em ti, torrencial, encher-te-á, mais e sempre mais, do seu amor. (...)
Deixa Deus ser Deus, deixa Deus amar-te, abraçar-te, beijar-te,
acariciar-te como faz o Pai do pródigo.
Não fujas, não recues, não te afastes, não coloques obstáculos.
Deixa-te amar por Deus. (...)
Antes de pensares nos teus pecados, contempla o amor que Deus tem por ti,
antes de olhares as tuas misérias, descobre a ternura amorosa do teu Deus. (...)
Convence-te, cada dia sempre mais, que Ele não é capaz de deixar de te amar»
Dário Pedroso, s.j. , in Paróquia de Tarouca.

Estandartes de NATAL

       Esta é mais uma forma de ajudarmos os mais carenciados.
       O primeiro objectivo é que o NATAL tenha uma expressão cristã. Decoramos as casas com luzes, com árvores, com pais-natais, com renas, com estrelas. Com a colocação do estandarte de Natal, fazemos sobressair a personagem principal: Jesus.
       Por outro lado, os lucros revertem a favor de obras sociais.
       Veja a apresentação deste projecto.
       Para ler carregue em fullscreen, no cimo da página, ou no sinal +, no final da mesma.

SANTA CECÍLIA, virgem e mártir

Nota biográfica:
       O culto de S. Cecília, que deu o nome a uma basílica construída em Roma no século V, difundiu se amplamente a partir da narração do seu martírio em que ela é exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, que abraçou a virgindade e sofreu o martírio por amor de Cristo.
Oração de Colecta:
       Ouvi, Senhor, benignamente as nossas súplicas e, por intercessão de Santa Cecília, concedei nos as graças que Vos pedimos. Por Nosso Senhor.

domingo, 21 de novembro de 2010

Reflexão

Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, mas não vai só, nem nos deixa só. Deixa um pouco de si mesma, leva um pouco de nós mesmos. Há aqueles que levam muito. Mas não há aqueles que não levam nada. E esta é a nossa maior responsabilidade e a certeza absoluta de que não nos encontramos por acaso. (Antoine de Saint-Exupéry)

Tudo tem seu tempo

Seja firme nas atitudes
e persistente em seus ideais.
Tudo ocorre em seu devido tempo.
Deus ama a todos,por isso enviará
o que for melhor para cada um.
Saiba esperar o momento exato
para receber benefícios e respostas
ás orações.
Aguarde com calma
que os frutos amadureçam,
para que possa apreciar sua doçura,
no tempo adequado e da maneira certa.

Meditação

Aguarde com paciência a vontade
do Senhor.
Confie nele,
e ele lhe concederá o que necessita.

Confirmação

"Tudo tem seu tempo.
Há um momento oportuno
para cada coisa debaixo do céu"

(Ecl 3,1).

Bento XVI: preservativo e a humanização da sexualidade

       Quando o Papa Bento XVI foi em Visita Apostólica a África, ainda no avião, deixou claro que a solução para muitos problemas passava pela educação, pela formação, pela dignificação do ser humano. Também o tratamento da SIDA deveria ter em conta a pessoa na sua dignidade. Disse a propósito que o uso do preservativo não resolvia o problema, mas a humanização das relações entre pessoas e povos.
       A opinião mantém-se. Contudo, e como muitos cristãos sublinharam na altura, a questão do preservativo era de outra ordem. Para a Igreja o valor maior é a VIDA; se esta é colocada em causa devem utilizar-se os meios necessários para a preservar e dignificar. Nesse contexto, a utilização do preservativo não está em causa. Primeiro a vida. Se a não utilização do preservativo, numa relação esporádica, ou até numa relação duradoura, fizer perigar a vida, puser em causa a saúde da outra pessoa ou da própria, moralmente não há dúvidas que se torna mesmo uma exigência moral a sua utilização. Claro, isto foi explicado à exaustão, mas quando as pessoas têm uma opinião preconceituosa leva tempo a superá-la. Hoje as dúvidas foram uma vez mais esclarecidas.
       Mas vejamos a pergunta e sobretudo a resposta do Papa Bento XVI, no mais recente Livro/Entrevista, Luz do Mundo.

       «[…] Em África, Vossa Santidade afirmou que a doutrina tradicional da Igreja tinha revelado ser o caminho mais seguro para conter a propagação da sida. Os críticos, provenientes também da Igreja, dizem, pelo contrário, que é uma loucura proibir a utilização de preservativos a uma população ameaçada pela sida.

       Em termos jornalísticos, a viagem a África foi totalmente ofuscada por uma única frase. Perguntaram-me porque é que, no domínio da sida, a Igreja Católica assume uma posição irrealista e sem efeito – uma pergunta que considerei realmente provocatória, porque ela faz mais do que todos os outros. E mantenho o que disse. Faz mais porque é a única instituição que está muito próxima e muito concretamente junto das pessoas, agindo preventivamente, educando, ajudando, aconselhando, acompanhando. Faz mais porque trata como mais ninguém tantos doentes com sida e, em especial, crianças doentes com sida. Pude visitar uma dessas unidades hospitalares e falar com os doentes.

       Essa foi a verdadeira resposta: a Igreja faz mais do que os outros porque não se limita a falar da tribuna que é o jornal, mas ajuda as irmãs e os irmãos no terreno. Não tinha, nesse contexto, dado a minha opinião em geral quanto à questão dos preservativos, mas apenas dito – e foi isso que provocou um grande escândalo – que não se pode resolver o problema com a distribuição de preservativos. É preciso fazer muito mais. Temos de estar próximos das pessoas, orientá-las, ajudá-las; e isso quer antes, quer depois de uma doença.

       Efectivamente, acontece que, onde quer que alguém queira obter preservativos, eles existem. Só que isso, por si só, não resolve o assunto. Tem de se fazer mais.
       Desenvolveu-se entretanto, precisamente no domínio secular, a chamada teoria ABC, que defende “Abstinence – Be faithful – Condom” (“Abstinência – Fidelidade – Preservativo), sendo que o preservativo só deve ser entendido como uma alternativa quando os outros dois não resultam. Ou seja, a mera fixação no preservativo significa uma banalização da sexualidade, e é precisamente esse o motivo perigoso pelo qual tantas pessoas já não encontram na sexualidade a expressão do seu amor, mas antes e apenas uma espécie de droga que administram a si próprias. É por isso que o combate contra a banalização da sexualidade também faz parte da luta para que ela seja valorizada positivamente e o seu efeito positivo se possa desenvolver no todo do ser pessoa.

       Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade.
       Quer isso dizer que, em princípio, a Igreja Católica não é contra a utilização de preservativos?
       É evidente que ela não a considera uma solução verdadeira e moral. Num ou noutro caso, embora seja utilizado para diminuir o risco de contágio, o preservativo pode ser um primeiro passo na direcção de uma sexualidade vivida de outro modo, mais humana.»

       BENTO XVI, O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos – Uma conversa com Peter Seewald, Lucerna: 2010.

»» Sobre esta questão pode revisitar as reflexões feitas em Escolhas & Percursos.

LAMEGO - Dia da Igreja Diocesana

       A solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, na nossa Diocese, é também o dia da "sagração", dedicação da Sé Catedral (20 de Novembro de 1776) e, por conseguinte, Dia da Igreja Diocesana. O dia exacto é 20 de Novembro, mas celebra-se no Domingo imediatamente a seguir, que coincide com o Cristo Rei.
       É oportunidade para as paróquias renovarem a sua comunhão com o Bispo diocesano e com a Diocese a que pertencem.
       A parte de manhã dedicada à reflexão, tendo como pano de fundo a programação pastoral para o ano litúrgico que se inicia no domingo seguinte, isto é, no primeiro Domingo do Advento.
       Durante a homilia do Pontifical, o Sr. Bispo sublinhou, de novo, a urgência da comunhão eclesial e do empenho nas actividades pastorais. Chamou a atenção para a Campanha da Cáritas, "10 Milhões de Estrelas - Um gesto pela Paz", desejando que todas as paróquias adiram a esta iniciativa de recolha de fundos para apoio aos mais necessitados. Referiu-se também à Vigília de Oração pela Vida, no dia 27 de Novembro, na Igreja de São Francisco.

       Faça o donwload do Planificação Pastoral da Diocese para 2010/2011, AQUI

Amizade...

" Plante sementes de bondade e de amor, mas não se preocupe com os resultados futuros.Se não obteve o bem que esperava, ou a gratidão desejada , não se aborreça .Ajude, passe adiante! Lance as sementes ao solo, e deixe que cresçam e frutifiquem segundo as possibilidades do terreno.Mas, por enquanto,plante as sementes da bondade e do amor ,por onde quer que passe."(C.T.P.) (Dylma)

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - 21 de Novembro

       1 – "Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados… Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudo Ele tem o primeiro lugar".
       A Epístola do Apóstolo São Paulo aos Colessenses, nestas breves palavras, mostra como Jesus Cristo nos torna participantes da Sua realeza. Mais, clarifica, de sobremaneira, de que espécie é o seu reinado e de que forma assume e vive a Sua soberania.
       Deus, nosso Pai, liberta-nos do poder das trevas e insere-nos no reinado de Jesus. Em Cristo, temos a redenção, o perdão dos pecados, tornamo-nos membros da Igreja, Corpo de Cristo. Ele é a Cabeça, nós os membros, mas formamos um só Corpo, em Cristo, por Cristo, com Cristo.
       Com efeito, o reinado de Jesus não é conquistado com poder, com negociatas, com troca de favores, com recurso à violência e à submissão, é um reino de justiça, de paz, de amor, que Ele ganha para nós com a Sua oferenda na Cruz, a favor da humanidade inteira.
       2 – Diga-se, na verdade, que o tema da realeza divina é recorrente na Sagrada Escritura. O povo de Israel, num primeiro momento, não aceitava a realeza humana e quando a aceita é derivada, em nome da realeza de Deus, pois só Ele é verdadeiramente o Deus de Israel. O povo é guiado pelos Patriarcas, pelos Juízes, pelos Profetas. Há relatos que mostram a discussão acesa sobre a necessidade ou não de haver um rei. Os povos vizinhos eram governados por reis. Então porque não ter também um rei?!
       Ganha esta opção. Primeiro Saul, depois David, a seguir Salomão, e muitos outros se seguirão. O rei é escolhido pelo profeta, enviado de Deus, e é ungido em nome do Senhor, significando que a soberania divina se mantém através da realeza terrena.
       É, contudo, uma discussão permanente. Os profetas contestam o poder dos réis de Israel, sobretudo quando estes se desviam do caminho do Senhor, dos preceitos de Deus.
       Todavia, o reinado de David, que une os reinos de Judá e de Israel, ficará como uma imagem da verdadeira realeza de Deus: “Tu apascentarás o meu povo de Israel, tu serás rei de Israel” (Primeira Leitura). Apesar de se lhe encontrarem falhas muito grandes, é o modelo de REI, é o pastor de Israel que foi ungido para governar todo o povo. Durante 40 anos, David governou com sabedoria o povo eleito: uniu as 12 tribos, o norte e o sul, constituiu um exército, para defender o reino dos povos circunvizinhos, estabeleceu alianças, fomentou a paz, as trocas comerciais. É um reinado dourado. Nunca mais Israel terá um Rei como David. Por conseguinte, o povo vai suspirando por um novo David, que será Rei, Profeta, Pastor, Príncipe da Paz. É nesta esperança que chegamos a Jesus Cristo.

       3 – Jesus Cristo dá corpo e vida às esperanças messiânicas de Israel. N'Ele se realizam todas as profecias. É o Pastor que nos carrega aos ombros. É o Rei de Israel e da humanidade inteira. É o Profeta, o enviado de Deus, o próprio Filho do Deus Altíssimo.
       Mas vai muito além de todas as esperanças. Substitui-nos na Cruz e assume-nos como irmãos, mostra-nos o rosto de Deus, que n'Ele Se apresenta Próximo, misericordioso, benevolente, sempre pronto a perdoar, a acolher, a reconhecer-nos como Filhos, a aceitar-nos mesmo e apesar das nossas misérias.
       Jesus vive intensamente a Sua vida, como entrega, como oblação, oferece-Se e oferece-nos a Deus. No alto da Cruz, a sua realeza é e será sempre AMOR. "Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos judeus»". Mas não é um Rei qualquer que perdeu o poder e foi crucificado. Pelo contrário, foi crucificado e ganhou-nos a soberania de Deus, colocou-nos, pela ressurreição, à direita de Deus Pai, de onde nos atrai constantemente.
       É n'Ele que queremos encontrar-nos. Também nós suspiramos pelas palavras que dirige ao bom ladrão: "Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso".
       Que contradição imensa, o nosso REI está na Cruz! Morre por amor. Dá a Sua vida por nós, para que tenhamos vida e vida em abundância, chama-nos para viver na tensão/atracção do Reino de Deus. Com o olhar fito no Paraíso, para que o nosso compromisso nos irmane com o nosso semelhante e possamos desde já, viver na presença de Deus.
______________________
Textos para a Eucaristia (ano C): 2 Sam 5,1-3; Col 1,12-20; Lc 23,35-43

sábado, 20 de novembro de 2010

Cristo e eu


Eu, peregrino. Ele o caminho.

Eu, a pergunta. Ele a resposta.

Eu, a sede. Ele a fonte.

Eu, tão fraco. Ele a força.

Eu, as trevas. Ele a luz.

Eu, o pecado. Ele o perdão.

Eu, a luta. Ele a vitória.

Eu, o inverno. Ele o sol.

Eu, doente. Ele o milagre.

Eu, o grão de trigo. Ele o pão.

Eu, a procura. Ele, o endereço.

Meu passado e meu presente: em suas mãos.

Meu futuro: todo dele.

Eu, no tempo...

E CRISTO a Eternidade!!!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Nada em troca!...

Só DEUS não te pede nada em troca de seu amor ...Não aceite, nunca, um prémio ou presente que não o tiver merecido por seu esforço próprio.— Desconfie, sempre conferindo, das ofertas, em geral, inclusive, amorosas, que você não tenha feito algo para merecê-las.— Quase ninguém dá nada a alguém sem esperar a retribuição, não fora isso, não veríamos os moradores de ruas, com frio e fome... ( DARC)

José Mourinho em "10 Milhões de Estrelas"

       "10 Milhões de Estrelas - um Gesto pela Paz". É este o título da campanha de Natal da Caritas que em cada ano recolhe fundos a favor das pessoas mais carenciadas, este ano mais voltada para o apoio a crianças desfavorecidas. O spot que se segue inclui a generosa participação de José Mourinho.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O menino que dava o seu pão ao Menino Jesus

Vivia na cidade de Veneza um homem muito rico. Sua grande fortuna lhe permitia uma vida de luxo e comodidades, mas ele estava entristecido, sem poder desfrutar nada, pois todos os seus filhos morriam.

Tinha o coração triste, e nada o podia consolar. Com satisfação trocaria todas as suas riquezas pelos filhos, embora ficasse na miséria, mas com eles.

Um único filho pequeno lhe restava. Amedrontado com a idéia de perder também aquele, confiou-o ao abade de um mosteiro, convencido de que só a intervenção divina poderia conservar-lhe a vida.

O menino cresceu no mosteiro, em meio à dedicação de todos os monges, que gostavam dele e o atendiam. Sempre alegre, percorria os claustros ou brincava nos jardins, onde admirava as flores ou comia os frutos que colhia. Ele era o único menino ali.

Um dia, enquanto tomava sua merenda, entrou pela primeira vez na igreja, impressionando-se com a suntuosidade. Ficou admirando com grande curiosidade a imagem da Virgem, que tinha nos braços o Menino Jesus, e alegrou-se por encontrar ali outro menino como ele.

Parecendo-lhe que o menino devia também ter fome, sem ter o que comer, subiu ao altar e ofereceu sua merenda ao Menino Jesus.

Durante muitos dias continuou levando o seu pão, do qual separava a melhor parte para dá-la ao Menino Jesus. Ao cabo de um mês, o Filho da Virgem lhe disse:

— Não comerei mais do teu pão, se não quiseres ir comer comigo e com meu Pai celestial.

O menino ficou muito preocupado com essas palavras, e sem saber o que fazer para ir comer com o Menino Jesus. Não havia dito nada aos monges, e resolveu contar ao abade o que tinha feito nos dias precedentes, e que o Menino da Virgem agora se recusava a comer, até que ele o acompanhasse ao Céu.

O abade pediu-lhe que o deixasse ir em sua companhia, quando fosse atender ao convite celestial, e que fizesse esse pedido ao Menino seu amigo.

Naquela mesma tarde reuniu todos os monges e pediu que escolhessem seu sucessor, porque deixaria o cargo. Todos estranharam aquela decisão e a lamentaram, pois ele desempenhava muito bem a função, e todos o amavam. Mas não se atreveram a perguntar-lhe a causa.

À noite todos se recolheram, como de costume, e ao clarear o dia o abade e o menino se sentiram doentes. A doença se agravou, o médico foi chamado e diagnosticou em ambos a mesma doença, que era grave.

No mesmo dia morreram, com um sorriso nos lábios e banhados numa luz celestial, declarando aos monges que atendiam ao chamado para o banquete divino.

(Fonte: V. Garcia de Diego, "Antología de Leyendas de la Literatura Universal - Labor, Madrid, 1953)

Silêncios e palavras

Não diga as coisas com pressa.
Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada.
Demora naquilo que você precisa dizer.
"Livre-se da pressa de querer dar ordens ao mundo.
É mais fácil a gente se arrepender de uma palavra que de um silêncio.
Palavra errada, na hora errada,
pode se transformar em ferida naquele que disse,
e também naquele que ouviu.
Em muitos momentos da vida
o silêncio é a resposta mais sábia que podemos dar a alguém.
Por isso, prepara bem a palavra que será dita.
Palavras apressadas não combinam com sabedoria.
Os sábios preferem o silêncio.
E nos seus poucos dizeres está condensada uma fonte inesgotável de sabedoria.
Não caia na tentação do discurso banal, da explicação simplória.
Queira a profundidade da fala que nos pede calma.
Calma para dizer, calma para ouvir.
Hoje, neste tempo de palavras muitas,
queiramos a beleza dos silêncios poucos".

E D I T O R I A L - Voz Jovem

1 – Confirmados na fé de Cristo.
       No presente ano pastoral, seguiremos este lema: Confirmados na fé, para viver na caridade. Teremos a Visita Pastoral do nosso Bispo, D. Jacinto Botelho, às nossas comunidades paroquiais, neste nosso Arci-prestado de Tabuaço.
       O bispo, como sucessor dos Apóstolos, tem a missão de confirmar os fiéis da Diocese na fé católica e apostólica, na fé de Cristo, confirmar e fortalecer, ouvindo as preocupações, os anseios e os projectos de cada comunidade, as dificuldades e as potencialidades na vivência da fé que nos une em Igreja.
       A fé tem uma dimensão pessoalcada um a acolhe num contexto específico, com um projecto de vida particular, num tempo determi-nado e numa determinada altu-ra da sua vida.
       Mas não é a minha fé, é a fé da Igreja. As propostas e os desafios da Palavra de Deus chegam ao meu íntimo e eu percebo-os e assimilo-os ao meu jeito. Mas a fé tem também uma dimensão comunitárianão é a minha fé, é a fé de Cristo e, por conseguinte, há-de ser confrontada, vivi-da, amadurecida, celebrada em comunidade. Dito desta forma percebe-se como a fé tem que ser confirmada, na comunhão com os Sucessores dos Apóstolos.
       Além disso e como referido anteriormente, a Diocese de Lamego, tal como as demais dioceses por-tuguesas, vai procurar “Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal".
       As paróquias são um espaço concreto para ouvir, para reflectir e para viver a Palavra de Deus, pessoal e comunitariamente.
       O Pastor da Diocese vem para confirmar, para abalizar das nossas vivências, para desafiar ao aprofun-damento da fé, lançando interpelações para o futuro.
2 – Para viver na caridade.
       Viver a fé de forma consciente há-de conduzir-nos à partilha e ao serviço. No amadurecimento da fé, a presença constante da caridade. O cristão vive em atitude permanente de caridade, em cada gesto, em cada palavra, em cada encontro, com cada pessoa. Assim o cristão, assim a comunidade.
       A atitude constante de Jesus, da oração para o serviço, faz-Se próximo dos mais distantes da sociedade e da religião, come com uns e com outros, chama discípulos de diferentes origens, faz-Se acompa-nhar de pessoas de carácter duvidoso, convive com estrangeiros e atende os seus pedidos, dá atenção a uma mulher pecadora e deixa que esta lhe perfume e beije os pés; defende uma mulher apanhada em adul-tério; chama Zaqueu, chefe de publicanos e chama o publicano Levi (Mateus), dialoga com a Samaritana…
       O ponto de partida é a fé – “Sabemos, porém, que o homem não é justificado pelas obras da Lei, mas unicamente pela fé em Jesus Cristo” (Gál 2, 16).
       A fé, como a oração, porém, não é abstracta, oca, desligada da vida, concretiza-se e tem expressão nas obras, no compromisso com o próximo. Diz-nos São João, “não amemos com palavras nem com a boca, mas com obras e com verdade” (1Jo 3, 18), “Quem diz que está na luz, mas tem ódio a seu irmão, ainda está nas trevas” (1 Jo 2, 9).
       São Tiago, por sua vez, e de forma clara: “de que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? (...) Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta” (Tg 2, 14-18).
       Viver na caridade e não apenas viver a caridade. Por outras palavras, como seguidores de Jesus Cristo deveremos viver em atitude permanente de serviço. A caridade não é um exercício pontual mas constante, identificativo do cristão e da comunidade crente. Não é apenas uma dimensão da vida da Igreja, é o rosto da própria Igreja e dos seus membros…
       Caridade que se acolhe de Jesus Cristo, carida-de dentro da Igreja, nos diversos ministérios (serviços), caridade na família, no meio envolvente. Somos, como cristãos, missionários da caridade, pelas palavras, certamente, mas sobretudo numa ati-tude permanente de serviço do nosso semelhante.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nunca mais servirei quem morre

Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.

Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.

Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre,
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória, a luz e o brilho do teu ser.
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência.
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
Sophia de Mello Breyner (postado a partir do POVO)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Rouxinol e a Rosa!!!

Era uma vez, um Rouxinol que vivia em um jardim.
No jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs.
Na janela, um jovem, comia pão, olhando as belezas do jardim.
Sempre deixava cair farelos de pão, sobre a janela.
O Rouxinol, comia os farelos, acreditando que o jovem
os deixava de propósito para ele.
Assim criou um grande afeto,
pelo jovem que se importava em alimentá-lo,
mesmo com migalhas O jovem um dia se apaixonou.
Ao se declarar a sua amada,
ela disse que só aceitaria seu amor,
se como prova, ele desse a ela,
na manhã seguinte, uma rosa vermelha.
O jovem, percorreu todas as floriculturas da cidade,
sua busca foi em vão,
não encontrou nenhuma rosa vermelha
para ofertar a sua amada.
Triste, desolado,
o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia.
O jardineiro explicou a ele,
que poderia presenteá-la com
Petúnias, Violetas, Cravos, menos Rosas.
Elas estavam fora de época,
era impossível consegui-las, naquela estação.
O Rouxinol, que escutara a conversa,
ficou penalizado pela desolação do jovem,
teria que fazer algo para ajudar seu amigo,
a conseguir a flor.
Assim, a ave procurou o Deus dos pássaros que assim falou:
Na verdade, você pode conseguir uma Rosa Vermelha
para teu amigo, mas o sacrifício é grande,
e pode custar-lhe a vida!
Não importa respondeu a ave. O que devo fazer?
Bem, você terá que se emaranhar em uma roseira,
e ali cantar a noite toda, sem parar, o esforço
é muito grande, seu peito pode não agüentar.
Assim farei, respondeu a ave,
é para a felicidade de um amigo!
Quando escureceu, o Rouxinol,
se emaranhou em meio a uma roseira,
que ficava frente a janela do jovem.
Ali, se pôs a cantar, seu canto mais alegre,
precisava caprichar na formação da flor.
Um grande espinho,
começou a entrar no peito do Rouxinol,
quanto mais ele cantava,
mais o espinho entrava em seu peito.
O rouxinol não parou, continuou seu canto,
pela felicidade de um amigo,
um canto que simbolizava gratidão, amizade.
Um canto de doação, mesmo que fosse da própria vida!
Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue,
que foi se acumulando sobre o galho da roseira,
mas ela não se deteve nem se entristeceu.
Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem se deteve diante da mais linda Rosa vermelha,
formada pelo sangue da ave, nem questionou o milagre,
apenas colheu a Rosa.
Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:
Que ave estúpida!
Tendo tantas árvores para cantar,
foi se enfiar justamente em meio a roseira que tem espinhos... Enfim:
Cada um dá o que tem no coração...
Cada um recebe com o coração que tem....

(autor desconhecido)

Sem etiqueta!...Sem preço!...

Nestes tempos, em que "o ter" se sobrepõe "ao ser", em que tudo que é considerado relevante, é, ao mesmo tempo, consumível e descartável, fico contente por este trabalho ser uma semente de
reflexão para as pessoas.

ORAÇÃO!

" Senhor... Que cada noite nos encontre ainda mais unidos... Faz senhor, das nossas vidas que quiseste unir paginas repletas com sua luz... Que nos esforcemos no consolo mútuo... Que façamos do amor um motivo para amar-te mais... Que possamos dar o melhor de nós mesmos para sermos felizes no lar... Que, o amanhecer do grande dia de irmos ao seu encontro, nos concedas estarmos unidos para sempre" (Dylma)

A força do amor que muda o outro

       Por vezes somos vasos de críticas mordazes. E o vaso pode transbordar. A palavra proferida e a flecha atirada não têm volta. A palavra mordaz pode destruir a pessoa. A bofetada que recebemos podemos esquecer, mas a bofetada da palavra nós a ruminamos anos e anos a fio.
       Ouçamos as palavras sábias nesta palestra, de Márico Mendes da Canção Nova na Web:

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Reflexão

Uma linda flor encontrei
E junto dela orei
Agradeci pela graça daquele dia
Em que eu apenas via
Aquela pequena flor
Que em sua simplicidade me ofertava tanto amor.
Ela me fez perceber o sabor
De tudo o que o Pai nos oferece sem nada impor...
Percebi o valor dos gestos pequenos
Que muitas vezes nem percebemos.
Percebi o quanto tenho a agradecer
E o nada que tenho a temer
Tenho o Pai Criador a me defender
E aí percebo a amplidão desse elo
E concluo não existir nada mais belo.

(autora Suzy V. M. Souza)

Senhor, que eu veja!

       Quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho. Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo. Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava. Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de David, tem piedade de mim». Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de David, tem piedade de mim». Jesus parou e mandou que Lho trouxessem. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe: «Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja». Disse-lhe Jesus: «Vê. A tua fé te salvou». No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus (Lc 18, 35-43).
       "Senhor, que eu veja". É o pedido de um cego de nascença a Jesus Cristo.
       Mais uma vez podemos retirar um sentido mais literal - intervenção milagrosa de Jesus a favor de uma pessoa concreta -, mas igualmente um sentido simbólico, sabendo que muitas vezes estamos cegos e de tal maneira que não vemos a beleza da criação, os desafios da vida, a grandeza das pessoas que nos rodeiam, a alegria da presença de Deus em nós e em tudo o que nos rodeia.
       Jesus vai passando. Está aqui! Não tenhamos receio de Lhe pedir: Senhor, que eu veja!

domingo, 14 de novembro de 2010

O que tem no meu bolso?

Oração do auto-responsável

Pai,

Obrigado por mais um dia abençoado.
Dar-me sabedoria para ser paciente, obediente, humilde e generoso.
Hoje eu serei uma pessoa melhor para glorificar teu nome.
Darei o melhor de mim, até nos menores detalhes, para glorificar teu nome.
Serei responsável por meus pensamentos, palavras, sentimentos e atitudes.
Focarei na conquista, e não no esforço.
Focarei na solução, e não no problema, no culpado ou em reclamações.
Calarei, e não criticarei. Da minha boca só sairão palavras que edifiquem.
Viverei como um vencedor, e não terei pena de mim mesmo.
Não justificarei meus erros, aprenderei com eles.
Pois, sei que é loucura fazer tudo igual e querer resultados diferentes.
Servirei. Ouvirei. Me colocarei no lugar das pessoas, incentivando-as a ser o melhor que podem ser.
Respeitarei a todos e suas diferenças. Tratando-os como gostaria de ser tratado.
Pois, não mudo os outros se não mudo a mim mesmo.
Julgarei as atitudes e não as pessoas.
Verei o melhor lado de tudo e de todos, qualquer que seja o momento ou situação.
Serei otimista e motivado, qualquer que seja o momento ou situação.
Não permitirei ser o meu próprio sabotador. Pois, sei que estou onde EU me coloquei.
Decidirei por melhores escolhas, para direcionar minha vida no teu caminho.
E afastar-me-ei do descontrole e impulsos destrutivos.
Cuidarei bem do meu jardim, mas só o Senhor sabe a hora que nascerá as flores e os frutos.
Dar-me força, Pai, para ser digno de ser teu filho.

Amém.
 
(autor desconhecido)

Apelo



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sábado, 13 de novembro de 2010

XXXIII Domingo Tempo Comum - 14/Novembro

       1 – Aproximando-se o final do ano litúrgico, a palavra de Deus, proposta para reflexão e para iluminar a nossa vida quotidiana, refere-se com mais insistência e clareza para os bens últimos, para o juízo final, para a vinda gloriosa de Jesus Cristo, para o fim do mundo.
       Num primeiro momento poderá parecer que o dia que se anuncia será de condenação e/ou destruição e castigo. Mas ao lermos com atenção o texto, conclui-se que o mesmo nos comunica uma mensagem de grande confiança em Deus, em dinâmica de salvação.

       2 – Cada uma das leituras acentua a manifestação gloriosa de Deus, como oportunidade de redenção, em que o mal desaparecerá e o bem entrará na comunhão plena com Deus. Com efeito, diz-nos a primeira Leitura, "há-de vir o dia do Senhor, ardente como uma fornalha; e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores... Mas para vós que temeis o meu nome, nascerá o sol de justiça, trazendo nos seus raios a salvação".
       A nossa preocupação não deve ser o juízo de Deus, mas a vida que levámos hoje, a nossa postura diante do mundo, dos outros e de Deus.
       No Evangelho, sobre os últimos tempos, Jesus convida a confiar em Deus, sem sobressaltos, mas com perseverança. "Causarão a morte a alguns de vós e todos vos odiarão por causa do meu nome; mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá. Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas". Nada nos separará do amor de Deus.
       Por sua vez, o Salmo aponta-nos o Senhor, como justo Juiz, na certa que "diante do Senhor que vem, que vem para julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com equidade". Para que esses dias não nos surpreendam, temos de estar sempre preparados na vivência do bem que nos aproxima dos outros e de Deus.
       3 – Acabe o mundo hoje ou amanhã, o nosso compromisso, como seguidores de Jesus Cristo é o mesmo: alimentados pela Palavra e pelos Sacramentos, que nos introduzem na vida divina, trabalhamos, em cada gesto e em cada palavra, a caridade que Cristo nos dá com a sua vida, morte e ressurreição.
       Diz-nos expressivamente São Paulo, na segunda Leitura, "quem não quer trabalhar, também não deve comer. Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade, sem fazerem trabalho algum, mas ocupados em futilidade A esses ordenamos e recomendamos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que trabalhem tranquilamente, para ganharem o pão que comem".
       O "pão-nosso" de cada dia que pedimos a Deus, Ele no-lo dá através do nosso trabalho, do nosso esforço, do nosso compromisso. Mais, Ele mesmo é PÃO para todos nós no Sacramento da Eucaristia, na qual o Espírito Santo nos dá Jesus Cristo, como alimento até à vida eterna. Mas também é pão que se transforma em caridade.
____________________________
Textos para a Eucaristia (ano C): Mal 4,1-2; Sl 97 (98); 2Tes 3, 7-12; Lc 21,5-19

Magusto da Catequese

       O dia de hoje, na catequese, foi dedicado sobretudo ao magusto. Primeiro, a celebração da Eucaristia e, depois, o magusto, com castanhas e outras iguarias trazidas pelas catequistas, a quem se agradece encarecidamente o trablaho realizado neste como em outros eventos. Ainda a ofertas das castanhas pelo Pedro Ricardo, acólito, bem como à Panificadora de Tabuaço, que as assou na pessoa do Sr. José Luís, membro do Conselho Económico Paroquial.
       Três fotos que ilustram outros tantos momentos...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Algo a mais

Um crente sincero na bondade de Deus, desejando aprender como colaborar na construção do reino de Deus, certo dia pediu ao Senhor a permissão para compreender os propósitos divinos e saiu a campo.

De início, encontrou-se com o vento que cantava e o vento lhe disse: Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.

Em seguida, o devoto surpreendeu uma flor que inundava o ar de perfume, e a flor lhe contou: minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.

Logo após, o homem parou ao pé de grande árvore que protegia um poço de água, cheio de rãs, e a árvore lhe contou: confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.

O visitante olhou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a árvore continuou: estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas próprias raízes contra os vermes da destruição e da morte.

O aprendiz compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, chegando numa grande cerâmica.

Acariciou o barro que estava sobre a mesa e o barro lhe disse: meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.

Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar cada dia algo a mais.

Temos que convir que, se cada um fizesse somente a sua obrigação, a humanidade não teria saído das cavernas.

O progresso só se realiza porque há pessoas que fazem algo mais que sua obrigação pura e simples.

O esforço que cada criatura faz em prol do bem comum, é o que propicia a realização das conquistas maiores.

Se os homens de gênio tivessem apenas cumprido seu tempo justo de trabalho, não desfrutaríamos hoje das grandes descobertas.

Se Pasteur, Tomas Edison, Pierre e Marie Curie, Grahan Bell, e outros tantos cientistas não tivessem feito algo mais que a sua obrigação, a humanidade não teria atingido tamanho progresso.

Nós, por nossa vez, também podemos e devemos fazer algo a mais para conquistar uma sociedade justa e feliz.

Além das oito horas diárias de trabalho, podemos dedicar alguns minutos para tirar alguém do analfabetismo.

Para ensinar um serviçal a utilizar corretamente os produtos e equipamentos de trabalho.

Para socorrer um ancião desvalido, uma criança desamparada, um animal ferido, um enfermo sem esperanças.

Aprendamos, com o devoto da fábula, que para a construção de um reino feliz, Deus espera que cada um de nós façamos algo a mais.

(autor desconhecido)