domingo, 8 de novembro de 2009

A janela

Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranquilo.
Na primeira manhã na casa, enquanto tomava café, a mulher reparou através da janela que uma vizinha pendurava lençóis no varal.
- Que lençóis sujos ela está a dependurar no varal! Está a precisar de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido olhou e ficou calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- A nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês, a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Vê, ela aprendeu a lavar as roupas! Será que a outra vizinha ensinou? Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje levantei-me mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!

E assim é.
Tudo depende da janela, através da qual observamos os factos.
Antes de criticar, verifique se fez alguma coisa para contribuir.
Verifique seus próprios defeitos e limitações.
Devemos olhar, antes de tudo, para nossa própria casa, para dentro de nós mesmos.

Lave a sua vidraça.
Abra a sua janela.

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